domingo, 1 de maio de 2011

Minha crise de existência.

Hoje é domingo e eu tive um final de semana bem...agitado. 


Não é de hoje, nem da semana passada que venho me questionando sobre muitas coisas que faço, deixo de fazer, penso em fazer. Coisas que eu falo, que penso ou então simplesmente jogo na cara das pessoas sem o menor sentimento, cuidado ou afeto. 


Tenho pensado MUITO sobre a minha relação com a minha família,minha pequena família. Meu pai, minha mãe e minha irmã. E sempre que eu penso eu sinto medo, medo que o acaso chegue e me tire um deles, ou todos. Medo que a doença prejudique alguém, que o assalto roube a vida de algué, medo que eu não possa estar presente nos momentos mais felizes da vida deles ou que eu não possa dar o prazer de fazer com que os momentos mais felizes para mim sejam compartilhados com eles. Medo que eles não percebam o quanto são importantes e o quanto eu os amo, incondicionalmente. Um amor que vai além da vida e da morte.


A morte me assusta. Na verdade ela me apavora! Eu falo em morte e sinto um nada dentro de mim, uma tristeza alheia... Os suicidas que me perdoem, mas o maior ato de covardia do universo é ao suicídio. A pessoa cometer o suicídio é o mesmo do que ela admitir que prefere não conviver ao sofrer. Sofrer de amor, de amizade, de família, de escola, de esforço, de qualquer coisa! ou até mesmo a falta de tudo isso! 


Mas a questão é essa! É horrível se apegar a alguém e depois perder. E isso me assusta. Não se preocupem eu não vou me suicidar, seria a ultima coisa que eu faria. Meu amor é tanto por essas três pessoas que quando acontece de alguém próximo sofrer uma perda, eu penso que poderia ter acontecido comigo! Meu amor é tanto que eu deixaria de fazer qualquer coisa pra ficar perto deles. 


Enfim, eu precisava muito dizer que eu quero muito passar com a minha família todos os momentos da minha vida! Quero ver meus pais fazerem 50 anos, fazerem bodas de ouro, realizarem seus sonhos. Quero que minha mãe possa visitar New York, possa voltar à Belgica...Quero que meu pai realize todos os sonhos dele, que ele continue com essa simplicidade e paciência singulares. Quero acompanhar junto dos meus pais a formatura da minha irmã na oitava série, os 15 anos dela, a formatura do terceiro, o vestibular, os 18, o primeiro trabalho, o primeiro namorado, a faculdade!, o casamento, os filhos...Quero poder dar netos aos meus pais e sobrinhos à minha irmã. Quero poder realizar os sonhos que eles têm e os meus também. Quero fazer deles as pessoas mais felizes do mundo. Queria poder viver eternamente do lado deles. 


Daí eu paro e penso que isso não rola, que é impossível... E isso me dói. Me dói pensar que eu já chinguei meu pai por pouca coisa, que eu briguei com a minha irmã por causa do computador, que eu pensei que a minha mãe não me entendia. Isso é horrível. Me dói pensar que eu fiz tanta coisa errada pra eles e que eles sempre me perdoam e eu faço errado de novo. 


Eu queria ser a melhor filha, melhor irmã, melhor amiga, melhor mulher, melhor profissional, melhor tia, melhor dinda e melhor avó do mundo! Mas nada disso me é garantido. Então só me resta aproveitar a vida com cuidado, com amor...Preservar minha vida, meu corpo, minha mente e minha alma.


Minha família, minha jóia, minha vida e meu amor. 


Netto

Ok...

Às vezes eu me passo na bebida...


Netto