domingo, 28 de dezembro de 2008

Só um complemento

Só mais um comentário, para complementar o texto abaixo. Eu ainda não abandonei por completo tudo aquilo que já escrevi. Sinto que de mim ainda sairá algumas coisas com argumentos, afinal, eu gosto do assunto. Querendo ou não eu gosto de pensar e de agir (ou tentar). Só quero reservar então todo o meu desgosto pelo comportamento de algumas pessoas e toda a náusea que eu tenho perante algumas situações para textos aqui no blog. Eu ainda sou muito pequena, reconheço, para tentar mudar demais e sempre as pessoas. Melhor deixar algumas quietas. Só não quero mais que esses meus pensamentos infinitos me atrapalhem, e que eu consiga diminuir minha complicações na hora que eu preciso de uma mente limpa. Na hora de ir lá e me apresentar, só isso. Não posso deixar de lado tudo que pensei, nem vou conseguir, apenas quero saber distingüir a hora de pensar e a hora de agir. Como disse meu professor, em um antigo comentário que acabei de reler, o mundo é dos que pensam. Mas não adianta pensar e morrer pensando. Eu quero também agir. Falta em mim uma força para agir. Ou melhor, uma energia que junte meu pensamento com uma ação. Esta harmonia que em mim está enfraquecida. Quando conversei com meu pai sobre isso, não somos religiosos, ele me disse que isso se chama alma, mas eu costumo chamar de energia. Não quero entrar em assuntos polêmicos, obrigada. Não quero me confundir mais. Não sei o que pensar agora, eu só quero diferenciar uma coisa da outra. Que toda essa minha vontade de mudar o mundo fique guardada para quando eu patinar, e entre em mim a vontade "aquela". É, aquela, aquela vontade que só quem já sentiu sabe. É algo maior que eu, maior que o ginásio, é algo que me faz amar. Não tem explicação. É simplesmente uma paz, misturada com paixão e uma força maior que eu. Uma força, não física, mas que me faz ter coragem de empurrar aquele patins e ter aquele vento no rosto. É aquela vontade que eu perco antes de entrar para competir. Eu misturo ela com uma coisa teórica, que um dia eu li ou alguém me disse, como se eu pudesse controlar qual sentimento vem a tona. Se não complicar o mundo for o melhor jeito de recuperar essas paz interior e essa força, então eu faço de tudo para tornar o mundo cada vez mais básico. Se não, eu continuarei procurando em algum lugar alguma coisa que me faça sentir aquilo de novo. Só de pensar e lembrar de como é aquele sentimento ele meio que retorna em mim. Acho que acabo de dar a resposta para as minhas perguntas. Deixe eu me emocionar e me soltar, como o Léo me disse, eu tenho que pensar que competição é apenas um show. É para curtir, dançar, e o resto eu sei fazer. E pior que sei mesmo. E pior que eu sei que eu sei e eu sei que eu consigo e isso já está claro em mim. Porque simplesmente eu já consegui.

E agora eu vou parar de variar aqui no computador e dormir. Tenho que aproveitar que estou de férias e apenas ficar de férias. Esquecer desses problemas, ou melhor, quebrar todos os miolos que eu tenho que quebrar agora, pra chegar sã no início do ano letivo. Aliás, nem são problemas, se fosse problemas eu não gostaria de tê-los, mas eu gosto. Não gosto desta complicação, mas gosto de pensar naquelas coisas diferentes. Nas minhas rebeldias, bom, vide textos antigos. Disso eu gosto, só é ruim quando embola tudo da cabeça.
Esse é o complemento. São 4 da manhã, vou ler um livro.

Por Luciana Pontes (1 1 2 3 5 8 13 21)

OBS: este texto também não tem revisão alguma. Nenhuma linha apagada do original e eu ainda não li como ficou ao todo.

É bem mais fácil

No início do ano de 2008 eu prometi a mim mesma que seria um ano diferente. Seria melhor que 2007, com mais acontecimento e mais emoções. Agora que chegamos ao fim do ano, o que eu posso concluir? Que tudo sempre é a mesma merda. Sim, bem básico, simples, rápido: É sempre a mesma coisa. Este ano, eu não sei bem o que eu aprendi, mas cansei de dizer que eu aprendi com meus erros e que estou feliz, ou estou triste, ou com ciúmes, que se dane. Sabe, decidi parar de tentar controlar tudo e de achar que eu tenho o poder de me controlar. Não, eu não tenho nada a não ser uma cabeça dura e cheia demais. Cansei de refletir sobre a maneira psicológica com que um assassino de criancinhas age, comparando-o com um mero fofoqueiro. As coisas são bem mais simples, é todo mundo louco e todo mundo dizendo que o outro é que é louco. Cansei de me preocupar com o segredo do Priorado de Sião e com as mensagens deixadas nos textos de velhos e mortos escritores. Cansei de achar que tudo se resume a física quântica. É tudo só a mesma merda de sempre. Sabe, eu estou me sentindo muito bem agora, apesar do calor da minha dor nas costas, eu não tenho nada com o que reclamar. Vou ligar o ar condicinado. Continuando, cansei de pensar no futuro, não fazer certas coisas agora porque eu quero não sei o que no futuro. Ahh fala sério. Eu pensei em ser bem poética e dizer tudo isso que estou dizendo nas entrelinhas, mas desde o início do mês que tenho preferido ser mais direta. Quer saber, eu não sei o que será de mim em 2009, não prometo nada porque eu sei que tudo dará certo. É, tudo vai dar certo, eu sei. Essa minha certeza é bem clara: Se não der certo, já vai dar certo, apenas porque eu quis que desse certo. Não tente me entender. Eu só quero dizer que entra ano e sai ano, perdemos algumas coisas, umas pessoas, uns vícios, uns kilos, umas tarrachas de brinco, mas o resto continua igual. Ah eu nem sei mais o que estou dizendo. Me sinto uma surfista agora. Não quero preocupações alheias. Só quero a minha vida e deu. Quando eu estiver bem velha e gagá eu irei parar para pensar na origem do universo e como surgiu, no mesmo mundo, a Gisele Bunchen e o meu cachorro. Enquanto eu não fico gagá, eu vou é focar no que eu tenho pra fazer aqui na Terra e apenas fazer. É bem básico o que eu escolhi pra minha vida: Estudar e passar de ano para um dia também passar no vestibular e entrar numa faculdade, tanto privada quando estadual. Pronto, o resto que espere que eu fique velha. Quanto ao amor, amigos e outras coisinhas mais, isso a gente vai levando. Eu gosto de um cara, isso é legal, eu tenho bons e velhos e novos amigos, é legal também, estão tá tudo bem. É isso aí. Eu sou umas das pessoas mais complicadas que eu conheço, e enquanto eu penso na origem das células, um monte de gente passa voando por mim. Casei de dar uma de gênia, de intelectual, cult, engraçada, estranha, e seja lá o que mais eu já quis ser. Eu sou tã louca quanto vocês então nós podemos nos entender. A não ser que um de nós não queira. Mas daí já é outro assunto. Eu vou é pra praia, pegar sol, cuidar das minhas manchas na pele, ir em festa apenas quando eu tiver vontade, vou conversar, vou beijar quando eu estiver a fim, vou falar bastante besteira, vou jogar umas indiretas pro carinha que eu gosto, e quando eu estiver na minha cama, com a luz apagada, eu talvez pare para refletir sobre meu humilde dia. Vou ser bem eu sabe. Bem loucona. Quanto aos deveres, é aquilo que eu falei, tenho que focar, nessas horas que eu tenho que parar de pensar em bobagem e virar gente.

Bom, como eu não vou ser mais cult nem nada, talvez todos (esta enormidade de gente que lê o blog) percam o interesse em mim. Leiam o que a Nathalie escreve e me esqueçam. Sinto que agora sim eu estou abrindo minha mente. Talvez eu tenha jogado fora uma carreira de escritora, mas quando eu ficar mais velha (não tão velha), eu volte a escrever como adulto. Eu escrevia tristemente desde os meus dez anos. Agora só quero falar a verdade, o resto que se dane. Creio que abri minha mente de uma vez por todas.

Por Luciana Pontes

OBS: este texto não tem revisão nenhuma, o que estiver errado, que se dane, pelo menos eu entendo.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Uma loucura minha, esqueçam...

Eu vim aqui para contar a história mais linda e romântica do mundo. Cheia de brigas e discussões, encontros e desencontros, viajens, vida, alegria e tristezas. Daí eu pensei, pensei e pensei, e descobri que todo mundo fala de amor. Tá, e daí? É clichê, sim eu sei, mas amor é uma coisa que a gente gosta de falar, de soltar e de sentir. Aliás, eu não vim aqui realmente contar a história, eu vim dizer que eu ainda vou escrevê-la. No meu dia mais inspirado, eu irei abrir o word ou um caderno velho, e irei escrever a história de amor mais cheia de amor do mundo. Uma mistura de ficção com realidade. Uma mistura da minha vida com a minha imaginação.

Não sei se eu vou postar o texto acima, parece que eu tô me achando.

Só sei que eu estou louca de vontade de escrever. Mas escrever pra mim. Só para eu ler um dia, sozinha. Acho que vou postar tudo que eu escrevo, enfim. Azar.

Por enquanto é só, já volto, eu acho.

Luciana Pontes

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A Promessa

Todas as garotas são apaixonadas. Pelo menino mais bonito, pelo mais velho, pelo impossível ou por si mesmas. Eu e minha amigas não somos diferentes. No entanto as coisas não são tão fáceis quanto aparece na televisão ou nos livros de contos de fada. Existe a vergonha. E esta vergonha mata qualquer situação, em sonho ou não, parecida com uma relação. Sim, nada nunca dá tão certo... E a gente se contenta com isso.

Hoje, porém, foi um dia diferente. É, mudou tudo pra todas nós. Fizemos uma promessa. Você já deve até imaginar o que é. Mudou nosso destino, temos que cumpri-la e não há nada que possamos fazer. E não haverá vergonha nem destino ou coincidência em nosso caminho, um dia ela terá que ser feita, ainda nesta vida. Foi num jogo de azar, acabado com sorte para todas. Prometeu, está prometido, e a garantia é nossa própria felicidade. Que venha o destino... Esta promessa vale um coração realizado.


Luciana Pontes

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Os verdadeiros rebeldes

Até que ponto eu devo aturar? Ainda não consegui acreditar que uma pessoa não consiga pensar em nada além de suruba e lanches gordurosos. A mediocridade está me condenando! Todo dia vejo meus professores levando desaforos para casa, ditos por alunos imbecis que provavelmente serão mais um pouco de povo no mundo. Agora, quando EU vou lá e mostro um bom trabalho, ou tiro uma nota alta, ou até mesmo viro os olhos para ignorâncias, sou condenada por todos os meros e iguais alunos da minha sala de aula. Puxa, será que ninguém se importa em fazer a diferença? Que não faça a diferença para o mundo, mas que não viva de um modo irritante e sem sentido. A escola me irrita porque me trata de um modo burro. Eu não sou burra, sinto muito. Mas não por saber matérias, decorar fórmulas, pensar bem antes de calcular e responder, estou falando da inteligência pensante. Aquela que diferencia o fumante do atleta, o bêbado do equilibrista, o plástico do natural. Aquela que sabe que, mesmo sozinha, muda alguma coisa. Sim, eu mudo algumas coisas. Eu mudo só por querer mudar, por existir, por querer revolucionar tudo que esteja passando dos limites. Só. Só por querer já se é destacado. Quantos dos meus colegas vocês acham que pensam que é terminantemente horrível ser grosseiro com professores e que é importante não jogar aqueles malditos papéis de bala no chão? Um, dois, por sorte. Nem meus amigos se importam muito, alguns. Querem se mostrar rebeldes? Ótimo, porém, nunca vi rebeldia sendo igual os demais. Posso então dizer que EU que sou a rebelde da história, só que com causa.

Muitos professores já vieram me elogiar, mas elogios, quem não ganha? No entanto, muitos também já me puxaram num canto e me falaram que sou diferente dos demais. Isso me intriga e me alegra. Alegra porque gosto de mostrar que não sou a favor de coisas erradas, e me intriga porque dizem que sou certa demais. Sou mesmo. Sou certa, gosto das coisas certas, de tudo como deve ser. Não estou falando daquelas infinitas discussões (religião, origem do universo, política e sexualidade), nem de andar de mini-saia ou de calça comprida. Isso é relativo. Eu digo de um modo mais simples: respeito. Não vou rir de um professor ou de qualquer mais velho, nem vou ser mal educada com ninguém. Não gosto, é nojento, é medíocre. Odeio coisas iguais. Odeio gente igual. Gosto que me surpreendam. Gosto de surpreender. Passar e vida em branco não é comigo.

Pois então, eu quero chegar no ponto em que entra a escola. Nada, nunca, jamais me surpreendeu na escola. O que mais acontece é eu me irritar. Sinto que estou emburrecendo todos os dias, tamanha falta de competência dos outros em certas ocasiões. Será que algum professor há de parar de generalizar a adolescência e ver que nem todos gostam de funk todo dia e noite? Gente, por favor, nem todos são idiotas. Eu não gosto de ser tratada uma. Leio blogs de alunos do Rainha mesmo, que pensam como eu, que se irritam com a mediocridade dos demais. Ok, me chame de exibida, diga que eu me acho, diga que eu não sou ninguém porque eu não sou popular e não uso calça atochada na bunda, me rebaixe a cdf feia que só tira notas boas e não curte a vida. Eu não vou me importar. Eu sei o que sou, sei o que penso e o que acredito, você concordando ou não. Pode falar à vontade, eu não vou ligar. Porque não estou sozinha, tenho certeza disso. Ainda há em mim um pensamento de que enquanto tiver gente revoltada com a ignorância humana, haverá uma salvação. E para aqueles revoltados, os verdadeiros rebeldes como eu, levantem-se. Não há nada pior do que ver gente igual e não fazer nada. Claro, , não estou dizendo pra começar uma revolta militar e não estou desejando a morte de ninguém (tem que explicar, , sabe como é). Sinto que tem gente que precisa de um empurrãozinho pra se mostrar, se libertar das correntes da sociedade mediana e voar para o futuro inteligente. E quando eu encontrar alguém assim (aliás, já encontrei), eu vou empurrar. Não precisamos aturar tudo.

Só deixo uma mensagem: Não seja igual. Ser igual é rir na hora de apresentar trabalho, ser desrespeitoso com mais velhos, fumar e usar drogas, pichar, vandalizar de qualquer maneira qualquer coisa, pedir para beijar determinado menino durante a oração, fazer cara feia quando o professor perguntar ou dizer que você está conversando na hora errada, e outras tantas coisas que você já deve estar muito cansado de ouvir. Pois é, eu também. E para os professores, que revejam seus conceitos. Eles é que não devem aturar. Eu que me rale, que fale e fale e ninguém me escute, mas os professores não podem ser menos que os alunos. Senão serão mais ignorantes que eles. E acredite, ser mais ignorante do que certos alunos é dose.


Luciana Pontes

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Eu e meu egocentrismo

Chega uma idade que a gente não precisa mais aguentar certas coisas. Cheguei nessa idade. Eu e meus quase 16 anos já não aturamos ter que levar tudo numa boa e aguentar o que fazem para nós, ou para qualquer outro. Cansei. Estou falando descaradamente da minha turma e de mais algumas pessoas que deveria cuidar mais o que fazem e o que dizem. Eu respeito a pessoa até ela merecer. No momento ando com minhas emoções à flor da pele, não me incomodem. Tolerância zero a partir de hoje. Eu respeito opiniões, ouço conselho, aturo idiotices, suporto ignorância. Mas agora já não fico mais quieta em certas ocasiões. Está na hora de esclarecer o dia. Ou o povo começa a se mexer, ou nada feito. A Luciana pode dar o primeiro passo, aquele empurrãozinho, mas a galera tem que se ligar. HELLOOO! Olha o mundo aqui girando! Vamos estudar, vamos trabalhar... vai parar de dar na esquina e começa a pensar. O que será desses pobres coitados que só pensam em orgia? Só em festa, beber, pegar homens, mulheres, crianças, adultos, o diabo! O que será de mim convivendo com tudo isso? Vou acabar numa ilha deserta, aturando apenas os cocos que caem na minha cabeça. Começo, hoje, a pensar só em mim. Claro, não vou sair pisoteando tudo e todos, mas agora o centro do mundo sou eu, obrigada. Vou ser chata com quem se mostrar chato, e má com quem se achar mau. Eu falo 'achar' porque quem se acha mau não passa de um cordeirinho manso que só faz pose pra foto. Chega de ser boazinha com que não tá nem aí pra nada! Vamos começar a se mexer. Eu, agora egocêntrica, faço do melhor jeito, ou nada feito!
É isso aí.


Luciana Pontes

domingo, 23 de novembro de 2008

Nada com nada

Eu sei que faz dias que eu não coloco nada aqui. Se eu disser que é por falta de tempo estarei sendo igual a todos... Ninguém tem tempo, mas sempre se arranja quando quer. Talvez eu não tenha um tema certo para escrever, ou me falte inspiração, mas me sinto mal de entrar aqui no blog e ver que não há nada novo. Creio que você também se sinta assim. Descobri neste instante que não há nada melhor para se escrever do que sobre si mesmo (ou coisas que ainda não aconteceram: a imaginação sempre ganha). No fundo, no fundo, eu também não tenho o que escrever sobre mim. Ou tenho, mas não quero escrever.

Melhor acabar logo com isso. Não disse nada com nada, gastei meu tempo e o seu. Amanhã eu escreverei, ou quando algum acontecimento emocionante aconteça comigo. Claro que todos os dias eu vivo fortes emoções, principalmente na patinação. Mas não quero escrever sobre tantas alegrias. Quem lê pode achar que é falso. Melhor guardar grandes felicidades para mim, até que elas dêem certo.

Antes que eu me enrole mais, melhor ir embora.
Tchau.


Luciana Pontes

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Verdadeiro lugar

Eu sei que lá fora chove, que lá fora é escuro, que o frio nos mata. Mas sei também que existem lugares secos e quentes, iluminados por pessoas.
Há dois meses atrás eu me achava aberta para o mundo. Há dois meses atrás eu também achava que tinha todas as respostas e a vida se resumia em fórmulas fracas. Nesse tempo atrás eu me imaginava no topo do mundo, mas só em sonho. Por mais que eu tentasse, algo me prendia, e eu caia e me desacreditava. Eu tinha certeza de que aquela era a única verdade... A famosa verdade verdadeira, a que não podia me enganar. Eu, que tentava me abrir para novos horizontes, via ferros na minha frente. Estava "atrás das grades". E o pior é que quem nasce "atrás das grades", tende a viver assim para sempre, pois não conhece o mundão aí fora. Se acostuma com esse mal viver e vive, sem certeza de nada e com uma força de passarinho. Quem nasce e cresce onde não se é permitido sonhar, não sabe o que é a realidade. Neste lugar obscuro, quando tem-se um sonho ele é capturado, amarrotado e cuspido de volta ao seu dono. Demora até perceber que o sonho não é este desleixo, e que muita gente aí fora quer vê-lo voando e se realizando. Podemos até entender que dê alguma coisa certa neste fim de mundo descuidado, mas nunca é realmente certo, sempre é capenga, é meio errado, é mal executado. Lá também não se tem conhecimento dos outros, afinal, que outros senão nós, os superiores? Droga.
Hoje esta frieza já não acontece, agora eu sou mais feliz. Eu sei que posso e acerto, e fico firme e de pé e danço e pulo e giro e não me canço, porque é melhor, o mundo é melhor. Agora meu mundo é encorajado, é sonhado, é amigo. Um mundo companheiro, fiel companheiro, e tende a ficar no meu lado, não contra mim. Nada de nadar contra a corrente, correr contra o vento, voar sem asas. Agora vamos a pé. Passo depois de passo, ao som de algo escolhido. E que pretende ficar, e pretende ser mais forte da próxima vez. Não sei o que será de mim, mas eu acredito, e continuarei acreditando por um longo tempo. Porque eu tenho todo o tempo do mundo e mais quatro minutos, e apenas isso já me faz outra, mas segura e acertante. E que o fim do mundo chegue, eu estarei de pé, valseando e acreditando, e descobrindo a verdadeira Luciana Pontes dentro de mim.


Luciana Pontes

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Poesia Clássica

Eu tentei escrever
Mas nada saiu
Eu tentei pensar
E nada fluiu
Eu pedi socorro
E ninguém me ouviu
Agora só me resta
Voltar a dormir.


Luciana Pontes

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

À Saudade

Prezada Saudade,

Gostaria de lhe dizer tudo que sempre quis nesta carta. Mas creio que não posso. Vossa mercê não se encontra num lugar fixo atualmente, varia de dentro de mim para fora... Isso me mata. Quisera eu um dia poder chegar perto de vós e dizer-vos que já basta: Cheguei ao meu limite. Quisera eu um dia soquear seu nariz e rir à toa. Em mim não doeu nada. Creio que já não haja razão para permanecer em mim, ó santa sinto-sua-falta. Ora essa, dona Saudade, vós que tanto me condena sem motivo, motive-me a viver contigo! Nosso tempo se esgotou, hora de cortar relações, mandar cartões de lembrança natalinos e desejar feliz aniversário, se é que a senhora tem algo de feliz (e de aniversário). Saudade, você é ruim, é lenta, aumenta de mansinho, se espalha em mim, me amaldiçoa. Entrega-me às traças, me deixa acordada, me corta os pulsos. Vossa senhoria que me desculpe, mas vida boa seria aquela onde a saudade fosse conto de fadas. Onde os livros ilustram desenhos fantasmagóricos de pétalas caindo, representando-te.
Como forma de meu desgosto por ti, deixo-lhe esta carta como lembrança, para que sintas, assim como eu senti, saudade da idade em que a saudade era leve, e as lembranças também. Leve-a consigo, a carta, e leia e releia diariamente, até que as palavras nela escrita sejam como oração antes de dormir. Guarde-a e, a sete chaves, destranque-a quando houver perdido a saudade. Saudade, se é saudade, não acaba, que nem amor. Afinal, vossa mercê só se sentirá livre de si mesmo quando tiver a mim por perto novamente, e ninguém sabe quão longe estará minha chegada, prevista para as oito de um dia qualquer desses. Minhas últimas palavras antes da despedida via correio, ora que eu iria ver-te cara-a-cara, são que se cuide, se alimente corretamente e faça exercícios regularmente. A saudade boa é saudade saudável. Não faça-me sair de onde estou para acolher-lhe. Já não basta que tenho meus problemas com você aqui grudada em mim. Em mente. Peço-lhe que me desculpe a demora de envio, minha caneta borrou e minhas costas reclamam do trabalho árduo de escrever. Embora a distância quilométrica, meu pensamento está aí, e o seu, cá. Sinto sua falta, Saudade, e sei que sentes a minha. Não engana-me com teus papos de sempre dizendo-me que vai quase sem mim, ora que você não vai a lugar algum sem mim. Como nos bons tempos, sinta-se abraçada e olhada, com aqueles mesmo olhos cujo são machucados por ti, Saudade que me mata. Saudações e lembranças, de sua velha amiga,

Luciana Pontes

domingo, 2 de novembro de 2008

Amor meu

Há uns dias atrás eu estava completamente apaixonada. Por ninguém. Sim, por humano algum meu amor se caía. Nem animal. Nem qualquer espécie que possamos tocar ou sentir. Só sei que eu desenhava corações por onde podia e pensava no amor, este eterno. Não sei qual sentimento que era, se é que era, mas sei que eu sentia. Hoje acredito que era apenas felicidade. Aliás, não apenas, e sim, muita felicidade. Às vezes chego a pensar que seja aquele menino novamente, mas falando ou não com ele, meu amor permanece, amor que nada é. Hoje já não me preocupo mais com as horas, nem com o tempo cada vez mais corrido, nem com a sinaleira que não abre e nem com o dia e a noite. Eu não me preocupo com nada, eu só amo. Amo tudo e ninguém. Amo todos e nada. Realmente, eu amo sei-lá-o-que. Há uns dias atrás eu era apaixonada, e agora passei a amar. Ainda que eu pudesse me salvar de tanto amor, sem amor eu nada seria! Porque, cá entre nós, certas coisas são inevitáveis. E nada mais aventureiro e emocionante e inevitável e certeiro do que ele, amor. Deve ser por isso que eu amo. Eu me amo. Eu não te amo. Nem sei quem você é. Por este motivo que meu amor é intocável e insensível por outros. Os outros são os outros. E eu amo tudo e nada. Menos os outros. Aliás, quem são os outros? Quem é o amor? Não sei, mas eu sinto. E como sinto. Muitas vezes aumenta, outras diminui, mas está lá. Sempre. Eu quero apagá-lo nos meus momentos de pouco sentimentalismo. Mas não há borracha que o apague. Ainda que eu pudesse viver sem ele, sem amor eu nada seria. Aliás, quem seria? Eu é que não. Nem você, juro. Então que ame. Ame você, ame os outros e que todo mundo se ame. Tudo estará muito bem. Ou pelo menos, apenas bem. Porque certas coisas não temos escolha, o meu amor é uma delas. É sem escolha, mas eu escolho tê-lo. Vivo bem melhor ao lado dele. A felicidade desde então só me persegue, certas coisas também andam juntas. Há uns dias atrás eu era muito apaixonada, hoje sou apenas apaixonada. Nada melhor do que isso.


Luciana Pontes

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Uma carta de amor (filmes)

Uma carta de amor.

Quando uma certa ponte para terabítia me levar até um amor para recordar e com a sintonia do amor eu sentir um poder além da vida, irei acordar e ver que a vida é bela, e que as regras do jogo não mudam. Um belo dia darei um salto para a felicidade, encontrarei meu primeiro amor e será como Romeu e Julieta, numa casa de cera perdida além da eternidade. Quem me dera um dia ir a escola de rock e aprender o ABC do amor, com vogais tão fortes como a lua de cristal, e consoantes tão grandes quanto um Titanic. Voar com os outros que fugiram e o vento levou, ter um amor, sublime amor, tão leve quanto um toque de esperança, mandar uma mensagem para você, enquanto vôo lá no céu, bem alto, no meio de uma guerra nas estrelas. Quem me dera fazer uma viagem ao centro da Terra, já que o céu pode esperar, para ver-te lá de cima, como se fosse a primeira vez. Chegar até o fim dos tempos e, em algum lugar do passado, fazer o show de Truman, onde eu, você e todos nós possamos conhecer as regras de vida e o amor sem fim. Eu quero acreditar que nem todos dizem eu te amo, e tudo que eu sentir por ti haverá de ser um amor quase perfeito, afinal eu tenho meu sexto sentido e alguém como você pode sofrer uma paixão sem limites, e acabar entrando numa fria maior ainda. Por um sentido na vida eu gostaria apenas de dizer que nunca é tarde para amar e sentir o click de um amor louco. Há tantas mentes que brilham e tanta premonição no ar, tanto caminho sem volta e tanto encontro marcado, tanta atração fatal e vida de inseto (e quantas coisas que você pode dizer só de olhar para ela, a vida), e nunca mais outra vez dar um grito no escuro, assustando os pássaros. Ao observar a janela indiscreta com meu olhar de anjo, vejo um corpo que cai e pousa tão leve quanto uma pluma caminhando nas núvens, e quanto o meu amor maior que a vida. Desde já agradeço que o tempo não pára, para te dizer que minha vida não é mais a mesma depois de você. O amor pode dar certo.

PS: Eu te amo.


Luciana Pontes


quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Eu Já...

Esqueci nome de amigos, subi no telhado, dormi de calça jeans, fiz poemas, dancei até cansar, escrevi um livro, cantei no chuveiro, queimei meu olho, colei em provas, passei cola, escrevi peças de teatro, tomei algumas garrafas de Smirnoff Ice, tirei nota máxima no karaoke, fiz um quadro a canetas coloridas, patinei com o dedo quebrado (sem tala), traduzi músicas, me apaixonei duas vezes, corrigi os outros, fiquei até tarde no msn, tomei banho com a luz apagada, imitei cenas de filmes, ri dos outros, me emocionei em olimpíadas, dei risada em filme de terror, escrevi e joguei fora, me achei gorda, treinei até mal caminhar, quebrei dois dedos, criei três blogs, quis ser arqueóloga, tentei ser um gênio, viajei de avião, peguei nojo de pessoas, tentei esquecer, falei coisas sem pensar, decorei uma poesia, li mais de 60 livros, fiquei horas sem comer para emagrecer, estudei francês sozinha, enlouqueci de vez, tive medo de minha imagem no espelho, aprendi inglês sozinha, quebrei 4 espelhos, contei um segredo para que não devia, tive 3 diários, tive vontade de correr para longe, quis parar de patinar, mudei as pessoas, escrevi uma fanfic do Harry Potter, chorei vendo propagandas, tirei vários dez no boletim, esqueci o microfone do computador ligado, colecionei revistas, assaltei a geladeira de noite, chorei pela morte de personagens, escorreguei da escada 2 vezes, coloquei a banana no lixo ao invés da casca, quebrei dois dentes, saí do país, tentei gostar de alguém, chorei sem motivo, quis fazer uma auto-biografia aos 13 anos, morri de ciúmes, achei minhas glórias as maiores, tropecei parada, quis colocar silicone, tive namorado virtual, apresentei shows aos meus pais, acabei duas borrachas, errei o meu nome, coloquei roupas sujas no lixo ao invés de colocá-las no cesto de lavar roupas, me assustei com o nada, queimei uma formiga, pensei em me envolver na política, achei estar velha, saí de casa de pijama, amei, tomei leite azedo, fingi estar dormindo e já sonhei estar acordada.


Luciana Pontes

domingo, 5 de outubro de 2008

Certo Dia [3]

Eu não sei bem por que, mas se soubesse, não teria chorado ontem. Na realidade, estava tudo muito bem. Bem até demais.

Sobre a patinação, o treino de sexta havia sido ótimo. Currupios saindo muito bem, saltos de um pé novamente, limpeza em tudo e uma força dentro de mim (principalmente na hora do trevol) que me fazia respirar mais rápido do que ao normal. Sim, uma vontade enorme de fazer currupios... Há dias estou assim.
Na escola anda tudo ok. Às vezes eu canso de ouvir a aula, faço desenhos, batalha naval de homens, mas a maioria eu escuto.
Também tenho os ingressos comprados para o Disney on Ice e teatro High School Musical Brasil.

Se incomodar para quê? Não sei. Só sei que caí na choradeira no sábado. Tinha visita em casa, minhas primas, mas elas não ligam para minha loucura... Eu na verdade queria ficar parada. Não queria fazer nada de exagero, nem gritar, gargalhar, pular de alegria. Queria só eu e meu quarto, um livro e um cobertor. Conversar com a minha mãe, vejo ela cada dia menos. Enfim, um tempo de paz. Mas não podia: Tinha visita. Meu pai me xingou pela minha moleza e falta de respeito com as primas. Disse que eu teria outros dias para descansar. Ok, quando? Na terça-feira da semana que vem. E olhe lá.

Não poderia dizer que estou bem. Mas também não estou mal. Aliás, nem estou. Hoje tenho o teatro do HSM para assistir, espero que seja tão emocionante quanto eu imagino. Daqui há alguns minutos vou me arrumar e colocar uma das minhas felicidades do momento nos pés: meu All Star. Se tem uma coisa que deixa esse meu "certo dia" feliz é olhar para trás e ver ele paradinho me esperando para ser calçado. Sim, me tornei, então, materialista... Pelo menos até colocar o patins de novo.

Parei para pensar o que será que me atormenta. Saudades? Até achei que fosse. Mas de quem? Não, não... Dele não... Não pode ser. Mas então o que mais seria? Falta de romance? Falta de tempo para mim? É, é uma boa alternativa. Tenho todos os finais de semana de "agito": Num tem campeonato, noutro, festa, e noutro, mais festa. Espero que eu me divirta.
Já me sinto até melhor. Sim, eu estou cada dia mais louca. Achei que estivesse sã novamente, mas começo a pensar que nunca fui.

Amanhã tem treino de patinação, e durante a semana apresentação para todo o colégio uma peça de teatro encenada pelas minhas amigas e eu. É, vai ser show. Este Certo Dia está cada vez menos certo dia, e sim Dia Certo. Será? A felicidade que me responda, mas por enquanto, vou me arrumar. Até logo.


Luciana Pontes

terça-feira, 30 de setembro de 2008

O que temer?

Que os interessados na minha vida na patinação leiam isso:


Ontem eu estava voltando para casa, depois do ensaio geral da peça de teatro que eu e minhas amigas estamos montando, e pensei: Temer o que?
Por que que quando eu estou no palco, posso ser o que quiser, não tenho vergonha, faço tudo com vontade e quando chego nas pistas, para fazer o solo, desabo de sofrimento e angústia, me encolho?
E eu pensei e pensei... Se descobri algo, não sei, só sei que veio na minha mente esta frase sobre o que realmente eu tenho medo. De cair? É o pior que pode me acontecer. De errar? Mas eu sei fazer. De não agradar?... Foi aí que eu parei. Percebi que quando chego nos campeonatos, minha cabeça viaja para a lua. Minha vontade de mostrar para sei lá quem que eu consigo é maior do que minha vontade de acertar. Só que esta vontade de mostrar que sei não é boa como você imagina. Não é aquela que te trás força. É aquela que te coloca pra baixo. É aquela que faz você pensar, antes de mais nada, que quer apenas que os outros digam que você é bom, ou dá pro gasto. E o pior de tudo é que eu não sou dessas de se importar com opinião alheia. Daí que entra a confusão. Quando chego no ginásio eu, na verdade, não chego. Estou em outro mundo. Não sei se estou com fome, sede, cansada, se quero sair dali ou dormir no cimento gelado da arquibancada. Eu vou com que me levar. Dali há um tempo eu aterriso no planeta Terra e vou conversar com as criaturas que não vejo há tempos. Converso. E agora? Lá vai a Luciana sentar-se novamente e não desgruda dali até que a tirem.
Que incógnita é essa que me persegue? Desgruda de mim ô coisa ruim! (Olha, tô partindo pro exorcismo já) .
Pois então, eu andei e refleti. Não quero temer. Mas se eu soubesse, seria mais fácil. Aliás, se eu soubesse o que me aflige, não o sentiria mais. É mais do que alguém, talvez seja eu mesma. Mas que parte de mim é esta que quer o meu próprio sofrimento? É... eu sei, as coisas não são tão exageradas assim. Não é que eu seja masoquista e goste de ir mal nas competições. É que quando eu acho uma solução e quando eu me encorajo o próximo campeonato é apenas dali há dois meses. Droga. E eu me esqueço desta energia. No momento, apesar da gripe que se concentra na minha cabeça, eu tenho vontade. Do que eu não sei realmente. Mas tenho vontade de alguma coisa. Esta coisa é boa. Me faz querer apenas não temer. Me faz não sonhar nem viajar na maionese. Me fez ver a realidade e ver que eu posso. Posso acertar as coisas. YES, eu posso caramba! Que este meu estado de espírito perdure em mim até que a morte nos una ainda mais. Tá viajei.


Se eu conseguisse expressar os meus pensamentos, não deixaria vocês boiando no texto. Mas é um daqueles negócios que não tem como descrever. Escrevo este texto mais para me lembrar do que para que o mundo veja.


Então, minha cara LPontesinha, vai garota. Vai. Vai que tu sabe. Vai treinar, acorda! Vai buscar tua felicidade, girl. Não foge da realidade, não viaja na maionese. Aguenta a dor, o cansaço, só vai. Vai com fé, menina, que tu consegue. Vira cisne e voa pra firmar. Não desiste. Se cair, que seja tentando. Não amolece o corpo e segura. Esquece os outros e pula, gira, acerta os pés. Tem gente do teu lado, mas tu tá sozinha agora. Te liga, tá na tua hora.


Por enquanto é só pessoal. Obrigado.


Luciana Pontes

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A menina

Era uma vez uma menina. Ela, engraçada, risada alta, extravagante e malvada, quatorze anos de azar. A garota que brincava, que namorava, que quatorze sempre teve, ou nunca mais terá. A menina saidinha, saia levantada, blusa arregaçada, sem brilho no olhar... Pobre menina sem destino, a vida foi mais forte que ela. Rodada, embolsada, passada de mão em mão, por opção dela. Ela que, engraçada, ria da folia que seguia. Ela, quatorze. Ou mais nada. Garota de programa... programa de índio, chamada e desaforada, que dava. Quatorze, nem mais, nem menos. Velha o bastante para crescer, pequena demais para brincar, ela que corria rua abaixo, que subia ladeira e se encontrava com o amor que não era, que nunca foi e que nunca será. Ela que ele, pegava, usava, ela que gostava, ela que nem sabia o que estava fazendo. Ou sabia. Quatorze anos e saiu de casa. Quatorze anos e mais nada. Quatorze homens num só lugar. A menina amada. Festa todo dia, caia na gandaia, cerveja, drogas, sexo e funk, a garota do destino. Pulou o muro, a cerca, a casa, a vida. Pulou lá de cima, da sacada. Quatorze mais quatorze, ela não aguentava. Deixou mãe desleixada, pai sem compromisso, irmão sem nascimento, filho nem parido. Caiu da cama, cama alta, que rodava noites em claro. Que cada dia recebia um. Ou mais. Quatorze nem que seja de graça. Anos de azar. Azar dos outros, nunca dela, que dava. Dava a própria vida sem sentido, ao primeiro que a gostasse. Dela, mal encarada, que gozava de maus dias, de azar. Quatorze que não vão voltar. Quatorze que ela foi. Sua história se repete, roda o mundo como sempre, foge dos pais, dos parentes, da própria menina que o segue. Sua marca, apagada, não nos restou lembrança. Seu olhar, escondido, atrás de alguém que não sabia de nada, que enganava a si mesmo, fingindo ser amada, fingindo quinze. Fugindo aos quatorze. Saindo aos podres, juntando-se ao programa, programa de azar, onde mais que quatorze. Ela, se achando a donzela abandonada, a menina depravada, a garota sem sentido. Anos de baixaria, anos que não voltarão. Vida pulada, do céu da sacada, da janela escancarada, após a pior noite. Noite do pouco, do não satisfeito, do aperto no peito e do não arrependimento. Cada um na sua, com sua história. Ela, quatorze, que mal sabia contar, perdeu-se nos cálculos de andar, acabou não acertando o que queria. Ela, quebrada, à sacada não podia, ao terceiro caia e jamais levantava. Quatorze minutos de azar. De céu bem mais alto, de pedra doída, de visão apagada, de sacada caída, posição inventada quatorze caiu e ficou, mais acordada do que morta, mais quatorze minutos de azar. Ela que, engraçada, ria de tudo, não tinha mais risada. Sua vida largada, dava e dava, aos quatorze que a seguiam, aos homens que a "amavam". Por fim, jogada, o suspiro foi o último, o caminho apagado, a noite já saía, a saia levantada. Os anos que já não eram, a menina que já não existia.

E ela tinha apenas quatorze.


Luciana Pontes

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

100ª Postagem

Hoje comemoramos cem postagens no blog Abra Sua Mente. Não é fácil chegar a cem postagens em cinco meses. Cá entre nós, é uma média alta por mês, vendo que cada uma tem seus compromissos e trabalhos. Parabéns a nós, Nathalie e L, que passamos horas dos nossos dias mentalizando idéias e novos temas para o blog. Obrigado a todos que nos acompanham e comentam, que nos visitaram mais de cem vezes em duas semanas, que fazem parte das nossas vidas e são parte também dos nossos textos.


Luciana Pontes

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O meu retorno

Sinto um sentimento que a muito tempo eu não sentia tomando conta de mim. Acho que estou começando a amar a vida novamente. Sim, eu disse que ia dar um tempo no blog... Mas também disse que não sou uma pessoa muito previsível. Pois, estou eu aqui novamente. Firme, forte, ou alguma coisa parecida com isso. Tive várias emoções durante essa uma hora atrás. Descobri que temos alguns professores leitores do blog, que elogiam bastante o meu trabalho e o da Nathalie; Descobri que, não são muitos, mas tenho amigos, que estão me ajudando a "voltar à vida"; Descobri que eu ainda posso ser feliz. Afinal, independente de onde se é, ou o que se faz, ou o que pensa, todos nós buscamos a felicidade (melhor ainda se for eterna). Estou vivenciando uma passagem de medo, vergonha, novas aventuras, lembranças boas e ruins vindo à tona toda hora, tristeza e do nada alegria. Quem já viveu isso diz que passa. Eu acredito neles. A cada dia me sinto melhor, hoje por exemplo, fiquei muuito feliz e completamente apaixonada por este blog.

Tenho fé que as coisas vão dar certo, embora nem eu saiba o que são realmente essas coisas... Eu só quero ser e estar feliz. É só isso, bem simples. Também não estou aqui para ficar dando indiretas nem nada disso. Aliás, desde o início eu disse que NUNCA colocava indiretas neste blog! Sempre defendi minhas idéias a ponto de colocá-las aqui. Só lamento se a carapuça serve. Mas eu SEMPRE falei apenas o que eu pensava, obviamente depois de refletir e ter certeza do que eu falava, para não me arrepender.

Espero vir com mais poemas, crônicas e poesias, além de pensamentos e comentários (como este). Sempre gostei mais de escrever sobre o que eu não vivo. Viajar na maionese e inventar mil e uma histórias que nos tirem desta realidade cruel do mundo. Postei muito pouco neste mês de setembro em função da minha mente não estar muito aberta, por mais incrível que isso pareça. Sinto falta também de textos meus com palavras e metáforas melhores, tenho sido muito pobre ao escrever. A próxima postagem, se não ocorrer nada de muito importante na minha vida até lá, será alguma coisa bem metafórica, entenda quem entender. As palavras quando são muito descartáveis e congeladas (coloca no microondas e come) pesam e engordam a nossa mente...
Vem aí então, a LP metafórica e maluca que tantos conhecem. Metáforas e maluquices inteligentes pelo menos.
Espero que gostem.
Se vocês estiver aberto à novos horizontes ficará mais fácil experimentar novos conteúdos.
Bom início de quinta-feira.


Luciana Pontes

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Um tempo ao tempo

Estou dando um pequeno tempo no blog. Têm acontecido coisas muito marcantes na minha vida: Mudanças drásticas, muitos choros, muitas loucuras, muita perda de amigo... Só eu que sei.
Não vou escrever aqui sobre os acontecidos pelo menos por enquanto. Daqui há um mês ou dois eu planejo esclarecer meus pontos de vista escrevendo-os aqui no Abra Sua Mente. Hoje arrumei meu quarto, mudei o ursinho da cama, joguei papéis usados no lixo para reciclar, mudei minhas coisas de lugar... Enfim, transformei o lugar que eu "vivo" em alguma coisa parecida com habitável.
Estou em crise, mas creio que a cada dia melhoro. Há uns dias atrás eu tinha medo do que poderia escrever aqui ou falar pelo msn, minha cabeça girava... Era uma confusão diferente das normais. Eu já estava me considerando louca. Louca mesmo. Eu tentava me concentrar nas coisas, mas me dava vontade de rir e logo em seguida, chorar. Descobri também que eu não sirvo pra falar ao vivo com as pessoas. Sempre choro. Nada melhor então do que saber digitar no teclado do computador.
Vou ter que redobrar o meu cuidado ao publicar coisas, pois sei que agora, mais do que nunca, tudo o que eu disser, escrever, ou até mesmo pensar pode ser usado contra mim (por outras pessoas ou pela minha pessoa mesmo). Meus olhos ainda estão inchados de chorar, minha cabeça dói e meu pulso começa a ter tendinite de tanto tocar piano/teclado. Achei um novo e maravilho hobbie. Muito melhor que pintar, desenhar, costurar, falar francês e inglês e cantar. Aprender e ouvir o que se toca é ótimo. Conseguir tocar várias vezes toda a música é melhor ainda! A tristeza do som das teclas descreve qualquer sentimento melhor do que palavras. É um alívio pra mim subir ao terceiro piso, tocar e tocar teclado até sentir dor nas costas. A música realmente acalma.
Tenho idéias também de escrever toda minha verdade aqui. Deixar claro o que eu verdadeiramente penso. Vi que muitas coisas que eu digo e faço são mal entendidas.
Estou indo me deitar agora. Adeus a todos e até algum dia, já que eu não sou uma pessoa muito previsível.
Sejam felizes na medida do possível.


Luciana Pontes

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Idéias Expostas

Sentada, parada
na frente do computador.
Cansada, jogada
neste mundo sem cor.

Idéias expostas, um jogo sem fim
minha vida, por acaso, desistiu de mim

Meu destino, numa curva
Se curvou pro lado errado
Meu acaso, antes caso, me deixou encurralado

Ingênua, esperta
na frente do computador.
Sufocada, amada
Neste mundo de dor.

Minhas palavras, meu momento
meu sonho de cimento.
Meu dinheiro
Meus óculos
O tempo que disperdiço
Já nem tenho nada disso.
Já nem sei sonhar
Já me pego afogada, no meu próprio olhar.

Aquela, menina
na frente do computador.
Fotos forjadas, erro
Neste mundo, temor.

Idéias expostas, sombrio pensamento
Uma vida que não mostra
o que temos por dentro

Luciana, a Pontes
na frente do computador.
Pontes que levam Luciana
Neste mundo, amor.


Luciana Pontes

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Futura nova participante

Vou colocar aqui um texto da Júlia Colla, uma menina que, quem sabe um dia, irá escrever neste blog também. É uma velhaaa amiga minha, também amiga da Nathalie!
Lá vai:

2008
Meu ano começou devagar, nada comparado com o ano passado que foi muito agitado e descontraído. No início do ano tive um tempo só meu, não vi muitos amigos nem parentes. Senti-me solitária, mas este tempo foi bom para estabelecer métodos para o resto do ano que só estava começando.
Em fevereiro o início das aulas, colégio novo, turma nova, novos amigos e colegas. Amizades que levarei, colegas que ficarão. Foi difícil para mim não ter mais perto os amigos que antes via todos os dias. A saudades agora é grande, o tempo passa cada vez mais rápido e tudo, tudo fica mais difícil.
Passou março, abril, maio e finalmente chegou junho. Nunca vi passar tão rápido... completei 15 anos, poucas coisas mudaram, talvez meu modo de ver o mundo. Foi a partir daí que resolvi me divertir mais, me soltar mais, a deixar o medo de lado e viver o presente.
Não esqueci o passado, não é fácil de esquecer, mas abri meus olhos para novas pessoas, novas atitudes e pensamentos.
Tudo na vida tem seu determinado tempo, sei disso. Sei também que não sou a única, mas sinto. Queria alguém que me ouvisse quando eu estivesse mal, que me alertasse do perigo, que me elogiasse sem motivo... sei que um dia terei, enquanto ele não chega fico com as minhas próprias conclusões de um mundo que não é perfeito, mas que nunca perderá a oportunidade de ser.
Júlia Sinigaglia Colla
(16/07/08)


Este texto ela escreveu, se eu não me engano, para sua aula de religião, do colégio Santo Antônio.
[Não houve alterações no texto]

Por Luciana Pontes

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Haja o que houver

Nunca na minha vida
Eu me senti assim
É como se não existisse céu
É maravilhoso
É tudo pra mim.

Todo dia eu amo, mais
e mais.
Ouça meu coração
Pode ouvi-lo cantar?
Diga-me, para amar.
O distino tem curvas
Um caminho, uma saída.
Mas eu te amo
até o fim
da
vida.

Haja o que houver
Aconteça o que acontecer
Eu amarei você
Até meu fim ver.

De repente o mundo parece ser um bom lugar
De repente este texto parece não ter fim.
De repente minha vida não pode mudar
E é tudo sua culpa.

E não há montanha tão alta,
ou rio tão profundo.
Ouça essa música
e me veja num segundo
Se tornando cada dia mais forte
E quebrando barreiras
Por que este é amor
que rompre fronteiras.

Haja o que houver
Aconteça o que acontecer
Eu te amarei
Até o dia de morrer.

Eu sempre irei te amar
Então o mundo será um bom lugar.

[Baseado na música "Come what may" versão do Moulin Rouge]


Luciana Pontes

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Loucura

Era uma vez um amor infinito.
Num belo dia sem graça, houve brigas e uma porta batida.
Foi-se o infinito.

Era uma vez uma linda velhinha.
Que pôs silicone nos lábios, seios, bochechas, fez plástica, empinou a bunda.
Foi-se a natureza.

Era uma vez um animal selvagem.
Que deixou uma pessoa lhe fazer carinho.
Foi-se a pessoa.

Era uma vez uma pessoa selvagem.
Que deixou um animal lhe fazer carinho.
Foi-se o animal.

Era uma vez uma floresta.
Era uma vez um fósforo.
Era uma vez a combustão.
Foi-se a camada de ozônio.

Era uma vez uma linda história de amor.
O casal morria no final.
Foi-se o final.

Era uma vez um dia sem criatividade.
E um blog sem cor
Era uma vez uma menina
Que morria de amor
Era uma vez um conto
Sem muito ardor.
Era uma vez aquela menina
Que fugia da dor.
Era uma vez um dia
Onde não havia terror
Era uma vez essa postagem
Que não tem sabor.
Era uma vez tudo que existe.
Era uma vez o nada.
Era uma vez uma pessoa louca.
Era uma vez tudo novamente.
Era uma vez, então apenas era uma vez,
Uma louca que às vezes era uma,
que às vezes era outra
mas que sempre era.
Uma, vez que era, louca, menina.
Tudo, uma que era vez, nada.
Loucura, que a saninade nada tinha vez.
Era ela, ora louca descabelada.
Vez que era uma vez, que não era mais nada.


Luciana Pontes

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Patinação Artística


Acabo de perceber que minha vida gira em torno da patinação. Tudo depende de como é o treino, o que eu fiz e não fiz, o que a certei e o que errei. Se tiver prova no dia seguinte, provavelmente só irei bem se o treino for bom. Meu dia se conclui conforme eu volto pra casa. Minha semana e meu mês são bons ou ruins como meu andamento na patinação. Enfim, minha felicidade depende do meu treinamento. Eu juro, nada me abate. Brigas, namoros, provas, e mais uma imensidão de coisas que acontecem numa vida "normal" não me abalam. Agora, o que eu errar no treino, sabendo que eu sei fazer, pode me destruir em segundos. Há uns anos atrás essa 'destruição' era bem mais cruel. Eu passava meses infeliz, chorava algumas vezes no treino, passava dias despercebidos... Hoje em dia já posso controlar esta explosão. Ao invés de me suicidar por causa de um salto, eu penso no que posso fazer para melhorá-lo. NO ENTANTO, comecei a criar a teoria que pensar também não é tudo. Este ano mesmo, ontem até, eu quebrava a cabeça desvendando o mistério dos saltos que passava a não acertar de um hora para outra... Era psicológico? Não. Eu juro também. Faz uns meses que resolvi mudar este negócio de me atrapalhar toda duas semanas antes dos brasileiros. Podemos ver minha mudança partindo do fato que eu não tenho errado nada* durante o treino. Ainda não descobri o motivo de errar as coisas só quando passo o solo com música. Um dia, quando o assunto não girar exclusivamente na patinação, eu conto aqui o que se passa na minha mente durante algumas situações da minha vidinha (seu eu puder colocar em palavras).
Hoje o treino foi na Adesbam, onde treino com as meninas do nível 1 durante uma hora. Quem lê pensa que uma hora é pouco, mas eu tenho certeza absoluta de que, se muito bem aproveitada, uma hora rende mais do que quatro horas de treino desleixado. Eu sei porque já passei vários meses treinando por treinar... Sem prestar atenção nas coisas... Mas isso faz tempo. Aliás, eu mudei completamente meu modo de viver (ou seja, de patinar) depois desse brasileiro em São Paulo. Até abril deste ano eu não treinava, eu achava que estava treinando. Eu achava que poderia ir bem treinando três vezes por semana, mal e porcamente, e às vezes apenas duas vezes por semana. Bem, quem tem um dom sobrenatural e consegue treinar estando na "lua" merece muitos prêmios. Pois, atire a primeira pedra quem não passou sequer um dia treinando e não se importando com o treino? Se a gente desse tudo de si sempre, garanto que o mundial estaria em nossas mãos. A gente precisa cair pra aprender. Eu, pelo menos, ouvi e lembro de todos os conselhos que já me passaram. Adiantou na teoria, mas na prática... É muito difícil a gente nascer já sabendo viver. Entenderam? [pausa porque eu acabei de chutar sem querer o computador e ele desligou tudo. Reiniciei-o] Concluindo, hoje voltei a minha felicidade e a minha vontade de aproveitar a vida. Escreveria muita mais, se não fosse a maldita dor no joelho que estou sentindo, mas não é nada... Amanhã passa. Ainda tenho muito para falar e escrever sobre a patinação. Este esporte me fascina. Estou só falando da minha parte, dos treinos, do convívio com o pessoal do Wirbel, das horas que a gente quer acertar muito as coisas, do momento que a gente acerta... Enfim, da melhor parte da patinação... A parte que iremos levar além do pódio, que iremos lembrar e amar para sempre.


Luciana Pontes

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Família

Assunto abordado e trabalho na matéria de Artes. Escrever um texto sobre isso. Lá vai:
Já cansamos de ouvir falar de famílias mal estruturadas, pais infantis e crianças maltratadas. Vamos olhar a família agora do ponto de vista da filha. Um olhar geral e clínico. Minha realidade não é tão cruel quanto as histórias dos filmes e jornais. Posso dizer que minha família é minha base.


Luciana Pontes

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Tudo passa

Todos nós sabemos que pelo menos um dia seremos felizes. Todos nós sabemos que alguém irá nos amar, nem que seja um amor fraterno. Se somos pessoas de bom caráter, de boa índole, de bom gosto, enfim, boas, não temos o que temer. Amores vão e amores vem, podem ser muitos ou poucos, mas um dia passam.Tudo passa. Se você quiser, você pode, você esquece, você vai à procura de outro alguém. Alguém que não passará. A maioria dos amores se apagam com o tempo, mas isso não quer dizer que são por completo esquecidos. A pessoa que você conheceu, viveu e aprendeu com ela, não há de ser esquecida. As pessoas marcam. Vida nenhuma passa por outra vida sem deixar seu rastro. As memórias, por mais esquecidas que sejam, não jogam fora momentos marcantes. Não há muito o que eu posso dizer hoje. Terminei meu namoro às 7:30 dessa manhã nublada e fria. Logo recebi um bilhete do meu ex-namorado afirmando que nunca mais iria ser tão feliz na vida quanto foi comigo. Ele tem quatorze anos. Se eu bem me lembro, passamos por épocas em nossa vida que achamos que estamos velhos, cansados e que nosso tempo está acabando. Pensamos que nunca mais seremos como fomos há uns anos atrás. Se foi feliz, nunca mais será, se foi amado, nunca mais será, se amou, nunca mais vai amar. Como eu disse ali em cima, tudo passa. O tempo principalmente. E embora eu seja contra deixar o tempo dominar a vida, nada com uns anos para ele ver que estava errado nessa parte. Com certeza absoluta ele será feliz, eu também, e qualquer outra pessoa que ainda irá se envolver em nossas vidas. Não quero falar sobre o fim do namoro. Está acabado, ponto final. O que eu quero dizer é que seremos felizes. Onde quer que estejamos, em qualquer situação que estivermos. A felicidade só depende de nós. Fazemos nossas escolhas e seguimos em frente. Se não deu certo, então não deu. Cada um por si tentando ser feliz da melhor maneira possível. Estamos todos numa eterna busca por amor. Esperamos um dia ser recompensados. E ainda vamos ser. Tudo vai dar certo, eu tenho certeza disso.


Luciana Pontes

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Auto-entrevista (2ª parte)

{Continuação da auto-entrevista, completamente tirada da Zero Hora dominical, caderno Donna}

Um hábito de não abre mão?
Me olhar no espelho.

Um hábito de que você quer se livrar?
Dormir tão tarde.

Qual dos sete pecados comete com mais frequência?
Acho que não cometo pecados com frequência. Por vezes sou preguiçosa, outras vezes sou gulosa. Depende da situação que estou vivenciando e do clima.

Se fosse Deus e só pudesse tomar uma decisão, qual seria?
Acho que eu acabaria com esse negócio de aumento do aquecimento global.

Se você soubesse que o mundo acabaria amanhã, para quem você ligaria?
Para um guri que sempre foi e sempre será importante na minha vida... Ligaria apenas para dar um tchau.

Qual é a sua maior qualidade?
Não faço idéia.

E o seu maior defeito?
Não conhecer minhas qualidades (?)

Quem você gostaria de ser, se não fosse você?
Nunca me imaginei sendo outra pessoa, mas se tivesse que mudar, então eu gostaria de ser algo de outro mundo... divino.

E onde gostaria de viver?
Nunca fui muito apegada a lugares, mas onde moro agora é bom e eu estou satisfeita.

Uma frase?
Viver seria uma grande aventura.

fim.


Luciana Pontes

domingo, 3 de agosto de 2008

Auto-entrevista (1ª parte)

Entrevista completamente baseada nas perguntas da Zero Hora dominical - Caderno Donna (contra-capa)

Qual é a primeira coisa que pensa ao acordar de manhã?
Eu só começo a pensar quando vou tomar café. Nunca é a mesma coisa todo dia.

Em que momento do dia é mais feliz?
Quando eu estou voltando de um treino onde acertei muitas coisas e foi bom.

Você tem medo de quê?
De que tudo que eu quero não dê certo e eu acabe com uma vida completamente diferente do que eu sempre quis e sonhei.

Por que motivo chorou a última vez?
Quando me vi numa silada com minha própria mente. Quando minhas idéias quase que se voltaram contra mim, me colocando na parede e mandando eu ajeitar de uma vez por todas a bagunça.

E por que motivo riu?
Eu sempre rio sozinha. Tenho lembranças do nada, de momentos engraçados, que me fazem rir no meio de uma briga, por exemplo.

Qual a sua idéia de um domingo perfeito?
Com uma temperatura agradável e um ginásio disponível para treino.

O que você faz para espantar a tristeza?
Durmo.

Que música não sai da sua cabeça?
A mais romântica que eu estiver gostando.

Um gosto inusitado?
Tudo com catchup. Misturar qualquer doce com qualquer salgado também.

{continua}


Luciana Pontes

sábado, 2 de agosto de 2008

Certo dia [2]

Hoje eu acordei mal. Me sentia pesada, parecia até estar doente. Tinha vontade de desaparecer... Aquela mesma sensação que você tinha lá pelos seus treze anos. Pensei que nunca mais teria. As coisas mais sem sentido me deixavam com vontade desistir de tudo. O melhor que podia fazer era dormir. E foi isso que eu fiz. Não sabia o motivo certo dessa minha desistência da vida. Talvez o fato de minha vontade de patinar estar prestes a explodir de tanta saudade, ou que logo voltarei às aulas e todo meu pensamento retornará a ser sobre física e geografia. O resto eu tiro de letra. Quem sabe seja isso. Durante as férias sobra tempo para refletir. Tenho pensado muito, não que eu realmente queira, me esforço para pensar em outras coisas, ou branquear minha imaginação. Não tem jeito. Antes de dormir eu penso, coisa que há muito tempo não fazia. O que fiz durante essas férias para ocupar minha mente? Li. Li três livros e me ocupo com mais dois ao mesmo tempo agora. De nada adiantou. Entre uma linha e outra, entre as páginas viradas, eu me perdia e refletia sobre o que já estava guardado. Coisas profundas e ao mesmo tempo claras, momentos sem explicação e contos inventados. Vai saber. Eu juro que tentei. Eu tentei esquecer, apagar, puxar minha atenção para outras coisas, mas as vinte e quatro horas de um dia são muito para quando não há o que fazer. E eu não tinha. Assim que minha vida voltar ao normal (se é que o normal não é agora), voltarei a deixar de lado coisas bobas. Bobas ou boas? Nem eu mesma posso dizer. Muitas pessoas passam por isso e têm vontade de gritar, espernear, quebrar tudo. Eu acho que não conseguiria fazer isso. Meu lamento é silencioso, assim como minha alegria. Isto faz de mim uma louca? Nem Freud explica. A imagem que eu trago no Orkut, muitas vezes não é de toda verdadeira, imagino que a maioria das pessoas sejam assim. Por trás de sorrisos e fotos alegres há sempre algo que nos atormenta. Pode ser que scraps e momentos de risos sejam normais e reais. Ninguém é triste nem feliz sempre. No entanto do que nos adianta saber da vida dos outros, se mal a nossa sabemos lidar? Sabemos o que acontece mundo a fora para ter algo que ocupe nossas cabeças? Antes o problema dos outros do que o nosso, nesse caso. Finalmente, me despeço, está no hora no café. Depois que dormi a tarde toda acordei melhor. Continuo por um fio, peço que não me incomodem hoje.

Luciana Pontes

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

À gosto

Agosto, o mês do desgosto,
ou seria o oposto,
à contragosto?
Este mês da discórdia
Mês da paródia
do que chamamos de vida.
Mês da despedida.
Tempo da Hora H
Dias onde não há
o que fique posto
à gosto, agosto.
Que virem meu rosto
Se eu não souber falar
Das estrelas a se apagar.
Maldito gosto,
mês da feiticeira
da flechada certeira,
do meu desgosto,
da minha ida
Saída pelo posto
Uma longa descida
à contraposto
do meu gosto
Sem gosto, nem agosto
Sem ré, nem rima
Sem magnetismo e imã
Sem um oposto.



Luciana Pontes
(01/08/2008)

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Meu dia

Nada como um dia bom, não acham? Nada como se divertir e esquecer dos problemas (que não existem). Hoje foi um dia muito bom. Fui pro shopping com o namorado e uma amiga, fomos no cinema, comida, corrida no hipermercado, etc. Não tenho muito mais o que comentar, a não ser que minha alegria voltou. Minha mente clareou novamente as idéias. Eu já estava ficando um pouco entristecida por causa das férias... Sabe como é: Ficar em casa o dia todo, comendo, olhando o computador... No início é bom, depois cansa. Acordei reclamando da vida, eu queria patinar, não sair! Agora eu estou feliz. Sei que minha patinação recomeça na segunda, e vou aproveitar o restinho de férias que ainda tenho. Apesar de alguns acontecimentos ruins terem acontecido, como o furto de peças de roupa e mais outras coisas da minha casinha na Barra do Ribeiro, portas arrombadas e quebradas, um pouco de cachaça que um dos ladrões derrumou no sofá e algumas das roupas roubadas espalhadas pelo pátio, nada mais pode me atormentar...
Tenho muito para escrever, mas não consigo por em palavras, espero que não se importem. Agosto vem aí, campeonato brasileiro interseleções também! Vejo todos lá!

Luciana Pontes

terça-feira, 29 de julho de 2008

The Number 23

Gostaria de colocar minha crítica aqui quanto ao filme "The Number 23" com Jim Carrey. Não quero criticar os artistas, cenas, etc. e sim o principal assunto: O próprio número 23. O enredo gira sempre em torno da matemática da vida. Para os personagens, o mundo, as regras, a vida, tudo se resume à soma de algarismos, que sempre irão dar 23 (se você for O Escolhido pelo número). Entendeu? Não. É o seguinte (pode continuar lendo que eu não vou contar o final do filme, nem suas cenas mais marcantes): Você pode somar o número de letras do seu nome, os algarismos do seu número de telefone, olhar as horas, e até mesmo pesquisar fatos históricos (como por exemplo a morte de Hitler que foi num dia 23... ou as 23 coisas que um cara famoso fez, enfim, umas coisas bem curiosas), somar sua idade e fazer tantas outras voltas e somas, tudo irá resultar num número. Este irá ser o seu número. No caso, o meu número não é 23, de forma nenhuma deu 23. Deu 13. E também sempre deu 13, desde o meu nome completo, minha data de nascimento, o nome da minha irmã. Agora vem a parte que mais me impressiona, o fato de que muitas pessoas se viciam nos cálculos e garantem que tudo é controlado por vinte e três. No entanto, uma lógica da matemática contradiz tudo: O resultado que você quiser achar você achará. Não entendeu? Vamos lá: se eu quiser resumir minha história de vida no número treze, eu posso fazer isso. Eu somo não-sei-o-que, com mais não-sei-o-que e divido por meia-dúzia (todos esses números têm a ver com a minha vida). Pronto, aí está o treze. Fácil. Eu sempre posso achar o número que eu quiser. Eu olho a hora agora: 20h e 38min. Vamos achar o treze? YES. Somando-se 2+0+3+8=13. Surpreendente, não? Também acho. Não me importa se é meio loucura, eu posso até não acreditar muito nessas coisas... Mas que é legal, aahhh isso é. Quem não está morrendo de vontade de calcular seu nome agora? Calcule à vontade! O seria da vida sem uns numerozinhos por trás?


Luciana Pontes 13

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Minha opinião quanto ao Orkut:

Há tempos que eu gostaria de postar aqui minha opinião sobre as novas e inúteis coisas do Orkut.
Como eu sinto saudade dos tempos em que o Orkut era clássico: Fundinho azul, letras iniciais em posições estranhas, foto do perfil com as bordas meio esfumaçadas e por último, mas não menos importante, as doze maravilhosas e perfeitas fotos. Falando a verdade agora, quando eram apenas doze fotos a vida virtual era bem mais fácil. Ainda era aceitável quando o álbum aumentou para vinte e quatro. Cem já é desperdício de foto. Ninguém vai ver suas cem fotos. Depois que foram criados álbuns para organizá-las eu quis apagar minha conta. Inútil. Os aplicativos, as fotos comigo, o "defina seu status aqui", e outras tantas inutilidades Orkutianas me matam! Já as atualizações, as mudanças nas fotos (flechinha pra mudar de foto, organizar o álbum, comentários, etc), visualizações do perfil, contagem desde Fevereiro de 2006, feeds, etc, fizeram um bem enorme para a população do Orkut. Parabéns aos inventores criativos que só trouxeram melhorias e que sejam demitidos aqueles que tornaram o mundo do Orkut algo cansativo! Fui, volto mais tarde.


Luciana Pontes

terça-feira, 22 de julho de 2008

Certo dia [1]

Férias de julho. Sim, o momento mais aguardado do meio do ano chegou, e com ele trouxe a Barra, praia, tempo livre e mais horas de sono!
Com tantas alegrias ao meio redor, o que me faria mudar de pensamento tantas vezes ao dia? Hoje foi um dia um tanto diferente. Começando pelo meu sonho, mais um maluco, onde eu morava numa casa enorme, estava dando uma festa e nela tinha gente da patinação, da aula, amigos, colegas de trabalho do meu pai, bandeirantes e números seis. De repente, pouco antes de acordar, eu estava sonhando que estava passando meu solo longo do Cats. Aliás, acertei tudo na hora. Acordei com uma vontade louca de colocar os patins, treinar e me matar (de tanto treino) e com uma confiança indestrutível. Bom, depois do almoço, comecei a ler um livro (o qual eu recomendo: O Continente, de Erico Veríssimo) e li até me sentir tonta. Cerca de cem páginas. Pulando o monte de elogios ao livro que eu havia aqui escrito, vou diretamente para a viagem de volta para casa, e chego exatamente onde queria chegar desde o iníco da postagem: o momento em que se olha para fora da janela e os milhões de pensamentos, antes guardados na mente, pulam para fora de suas jaulas de vontam à vida. Eu me sentia ótima. Com opiniões bem formadas e certa do que queria da vida. De repente, começou a tocar a música "Cedo ou tarde" do NX Zero. Cantei-a junto com toda minha família, lembrei-me de antigos amores e de meu grande amor já falescido. Sorri. "Cedo ou tarde a gente vai se encontar, tenho certeza, numa bem melhor. Sei que quando canto você pode me escutar". Pensei nele, porém não senti. Não senti nada além do frio nos meus pés. Vi-me isolada do amor e refletida no vidro no carro. Sozinha e segura, como se soubesse que eu podia fazer tudo dar certo. Sentimento que eu a pouco conheci, já que ano passado vivia em dúvidas e questionamentos. No entanto, vi que não vivia mais do que antes era o meu oxigênio: o amor. Deixei-o de lado e não morri. Aliás, me senti muita mais viva quando me desliguei um pouco do que me fazia viver. Apesar de estar tudo bem sem viver cem por cento amor, entristeci-me por tê-lo deixado. Entenda que ele, o amor, não é uma pessoa, é o próprio sentimento (no caso, de homem para mulher, sendo assim, o amor de eros).Trouxe-o de volta à tona. Houve em mim uma explosão de insegurança, algo que me deixou eufórica e com uma energia falsa. Não queria me sentir assim, havia fugido do meu corpo toda aquela "certeza na vida e fim de papo". Continuei sem saber muito bem o que queria até chegar em casa, tomar banho e entrar no msn. Sentei-me naquela cadeira milagrosa e giratória e susseguei. Agora a única coisa que me vem a mente é a nova-hiper-mega-superlegal novidade que eu tenho e o final desde post. Outros virão cheios de palavras alheias que tentarão, em vão, decifrar meus próprios pensamentos. Há psicólogo melhor para resolver meus problemas do que eu mesma? Há quem descreva o que eu sinto? Existe alguém no mundo como eu ou estou sozinha como sempre? Minhas intermináveis perguntas nunca terão resposta, a única coisa que terão é alguém questionando-as e me intrigando ainda mais. Será que minha curiosidade ainda me mata?


Luciana Pontes

domingo, 13 de julho de 2008

Músicas e Observações importantes

Um dos meus Hobbies favoritos é fazer traduções de músicas do inglês para o protuguês. Eu e minha irmã, quando não temos nada para fazer (o que é raro), pegamos meus cadernos da sexta série e começamos a "criar" versões brasileiras de músicas estrangeiras. Modéstia à parte, fica o máximo! Ontem criamos uma baseada na música I Lurned from you - Hannah Montana, ficou muito legal. Já fizemos traduções de Avril Lavigne, Britney Spears e High School Musical. Ok, eu tenho certeza que você pensou "nossa que coisa mais ridícula, essa menina só ouve música de gente louca!", pois é, é verdade. Não sei se eles são loucos, mas o que me interessa mesmo é a música, não a vida pessoal do cantor. Não me interessa se a menina mudou de sk8ter boy para punk e de punk para punk princess, ou se a outra faz um barraco por dia, ou se a cantora tira fotos nuas para seus fãs de seis anos, o que me interessa é seu trabalho. Se eu achei a música legal, pode ser banda emo, rock, brega, oraioqueosparta, eu baixo e escuto até cansar. *

*Eu tenho momentos musicais. Passo meses (sim, meses) sem ouvir um sonzinho sequer, baixando o volume do som do carro, deixando o mp5 apodrecer no armário, sem saber de nenhuma novidade... Até que um belo dia eu coloco os meus fones de ouvido e escuto por meia hora. Depois eu canso e desligo tudo. Passam-se meses novamente até que outro repente desses aconteça. NO ENTANTO, eu e minha irmã cantamos sem parar durante horas em casa. Nosso videokê é utilizado uma vez por mês, e sempre que uma amiga vem em nossa casa, convidamos ela a pegar um microfone e estourar as caixas de som! (ok, essa parte foi meio exagerada).

Finalizando a postagem de hoje, gostaria de deixar algumas observações no ar:
OBS¹: Não, você não enlouqueceu ainda, a data da postagem anterior a esta está, por um lado, errada. Eu comecei o texto dia 9 (escrevendo toda aquela primeira parte) e terminei hoje (dia 13). Por isso quem veio me visitar aqui no blog não viu nada de novo até agora e leu, sem saber bem o porquê, uma postagem datada de dias atrás.
OBS²: eu esqueci essa observação. Aaahh lembrei: Começa novamente uma semana de provas. Dias 14 (segunda), 15 (terça) e 16(quarta) não terão postagens minhas em função dos estudos. A não ser que haja grandes emoções e motivos entre essas datas.
OBS³: Coloquei uma foto minha ao lado, acompanhada de um descrição fraca, diferente do blog do qual eu plagiei a idéia (Pudim de Beterraba), um dos que eu leio diariamente. A Nathalie em breve colocará a sua também (eu espero/acho).
+OBS: Talvez uma futura jornalista abra sua mente aqui no blog também...
Fui.

Luciana Pontes

domingo, 6 de julho de 2008

Eu não amo sem amar.

Não sei se sou eu que sou de pedra, ou se são os outros que se apegam fácil, mas, me desculpe, eu não consigo dizer "eu te amo" sem amar.
Conversei com o meu pai sobre minhas colegas e suas amigas: Vivem se abraçando, beijando, dizendo que se amam e serão amigas para todo o sempre. Eu não acredito nisso. Não acredito que as pessoas possam se tornar amigas rapidamente, e que um amor infinito apareça sobre elas. Se pode contar nos dedos as vezes que eu falei "eu te amo" para alguém e, se meu passado não me condena, não me lembro de ter dito isso frente à frente com a pessoa. Também não consigo dizer que adoro alguém sem realmente adorar, não consigo elogiar uma pessoa sem que o elogio seja verdadeiro. Resumindo, meu sentimentos eu não posso mentir. Talvez meu coração seja gelado, mas eu não posso abraçar e ficar junto de alguém que eu não me sinta à vontade. Minhas amigas nunca ouviram que eu as amo. Nunca fiquei agarrada com elas, nunca precisei mostrar ao mundo o quanto as considero para garantir uma amizade. A Maíra e a Júlia são amigas das quais eu nunca briguei. A Maíra eu conheço à 15 anos e tivemos um desentendimento uma vez quando pequenas, enquanto jogávamos futebol e ela caiu no chão. Durou uma hora o mal entendido, depois voltamos a jogar. A Júlia eu conheço desde o nosso Jardim B. Estamos no primeiro ano do ensino médio e, se não me falha a memória, nunca brigamos ou nos desentendemos. Estou dando apenas a minha opinião, não se sinta ofendido se pratica hábitos contrários aos meus. Abra sua mente. Todas as pessoas que já receberam mensagens ou depoimentos meus dizendo o que eu sinto por elas devem saber que é, mais do que tudo, verdadeiro. Os que já ouviram-me dizer, ao telefone ou ao vivo, o quanto as considero e gosto, devem entender que é ainda mais verdadeiro.
Quem sabe um dia eu consiga me expressar mais abertamente e facilmente, e diga mais vezes que algumas pessoas são importantes para mim. Que minha família não serve só para me alimentar, que meus amigos não são só meus ouvintes e seguidores, que o guri que eu amo saiba que eu o amo. "Eu te amo" não deve ser jogado fora, deve ser dito quando é realmente verdadeiro. Hoje vejo o amor como uma coisa quase que vulgar, partindo de que agora todos se amam logo depois de apresentados. Meu amor é reservado, meu amor não é desperdiçado.


Luciana Pontes

sexta-feira, 4 de julho de 2008

The Independence Day

Hoje, como poucos sabem, é o dia da Independência dos Estados Unidos da América. No entanto, não é bem sobre essa independência que eu quero falar. Quero falar sobre o que mais gosto: Patinação. O título da postagem "the independence day" só eu, a Vanessa e o Fernando sabemos do que se trata, e eu ainda não sei se devo colocar aqui. Não, não é nada sobre você, é sobre mim. É besteira... Falando de coisa séria agora, eu acabei de chegar em casa e abrir o orkut. Olhei as atualizações de meus amigos. Entrei no álbum de um exemplo de patinadora: Mayra Ramos. Há tempos que eu não visitava suas fotos. Fui direito na parte da patinação, lá havia fotos de competições com descrições emocionantes... Ela está se operando do joelho e não pode patinar por enquanto, portanto não vai ao Campeonato Sulamericano competir. Lendo aquelas legendas eu me senti muito triste. Sabemos que ela irá melhorar, que tudo ficará bem e logo poderemos vê-la abalar na pista... Bem, aquelas legendas, que diziam mais ou menos que ela está com saudade de patinar, que é a coisa mais importante, etc., me encheram os olhos de água. Talvez ninguém tenha se emocionado, mas eu me emocionei, e daí? Ela é um exemplo de garra e força, é linda e patina muito bem, e ler que ela está passando por maus momentos arrasa qualquer um.

Um assunto de hoje no fim do treino foi a Daiane dos Santos, outro exemplo esportista. Ela também está passando por uma situação difícil, mas está dando tudo de si para conseguir chegar onde ela quer. Embora muitos já não acreditem tanto nela e mais na Jade (que eu não tenho nada contra, acho ela ótima e tem um grande futuro) a Daiane é insubstituível na Ginástica Artística. Olhando seu solo percebe-se que ninguém irá se igualar a ela.

Hoje falei de dois grandes exemplos nos esportes artísticos. Não estou desprezando os outros, é claro. Mas elas dão coragem a qualquer um. Elas mostram que tudo é possível se você treinar e dedicar tudo ao esporte. São grandes atletas e, mesmo sem conhecê-las muito bem, sei que são grandes pessoas. São dois exemplos de vida.

(Volto mais tarde)

Luciana Pontes

quarta-feira, 2 de julho de 2008

A alegria verdadeira

Se tem uma coisa que eu aprendi nessa minha vida é que ninguém é feliz para sempre. Ninguém. Nem mesmo um milionário ou um cara simples que casou com o amor da sua vida. Por mais que nada de ruim esteja acontecendo e que o mundo esteja conspirando a seu favor, nossa mente traiçoeira sempre arranja um motivo para nos desmotivar. Eu sou um exemplo vivo disso.
Vejamos, não há nada que possa me atrapalhar: Vai tudo bem em casa, com a família, os amigos estão ótimos, o namoro continua, patinação tudo de bom, a escola vai indo... Tudo sob controle. Porém, meu pensamento voa para longe demais e volta me trazendo maus fluídos. Quando as coisas estão indo bem demais, nós sempre achamos algo de errado nelas. É fato, há algum problema nessa minha vida. O que? Não sei. Pode ser que eu tenha o criado, ou que ele exista e esteja muito próximo de mim... Pode ser até mesmo que seja algo inconsciente, seja lá o que for, está me atormentando, me deixando doente, me fazendo desistir de viver. Me faz achar que o caminho que estou seguindo pode estar errado, me faz rever os meus conceitos, me faz pensar que seria melhor se eu não soubesse de tantas respostas da vida. Também me faz achar que tudo que estou fazendo irá me levar ao mesmo fim: nada. Nada, absolutamente nada. Todo meu esforço terá sido em vão, pois não irei chegar em lugar algum. Será que enlouqueci de vez ou você se sente assim às vezes?

Outra coisa que necessito falar é que o orkut não passa de uma grande mentira. O orkut mostra vidas "felizes para sempre", onde todos são amigos e se amam, onde não há nenhum problema e todas as pessoas acordam sorrindo e cantarolando! Me poupe... Por trás de risos e fotos abraçadas há sempre uma nuvenzinha preta. Não estou sendo pessimista, mas é verdade. Não existe vida boa sempre. Passamos por fases boas, de alegria extrema, mas essa fase vai passando, até chegar à uma alegria mórbida. São as coisas da vida, não fui eu que inventei. Por isso que me perfil não muda, recebo depoimentos engraçados e sinceros, fotos normais, scraps sem exageros, ninguém ama ninguém da noite para o dia... Contos de fadas só existem por uns meses, depois a gente cai na real e arranja algo pra preencher nossa cabeça. São os mistérios da minha mente... São os mistérios da nossa vida...


Luciana Pontes

domingo, 29 de junho de 2008

Vírgulas

Foi-se o tempo em que eu escrevia as coisas impondo-as. Quando eu era mais jovem, borbulhavam idéias da minha mente e eu, ao escrevê-las, exigia total atenção e compreensão. Perda de tempo. Hoje, se você lê o que eu digito e acha que suas opiniões são violadas, me desculpe, pois eu não tenho como objetivo perfurar sua mente com minhas letras. Muitas vezes eu leio textos que colocam como regra o que querem dizer, miram suas palavras como flechas certeiras, onde o alvo é nosso pensamento. Não, eu acho isso injusto. Acho que algumas coisas não devem ser impostas, cada um tem seu jeito de ler e entender como quiser, e não sou eu que vou tentar mudar o ideal das pessoas. Na minha opinião é bem melhor ouvir que achou interessante seu modo de se expressar do que ouvir elogios fracos.
Foi-se o tempo em que eu escrevia apenas por tristeza. Sim, uma das maiores verdades da minha vida é que os melhores textos surgem de dias ruins. Nada como um bocado de tristeza pra fazer rimas. Porém, já escrevi textos engraçados em pleno dia nublado e chuvoso, já fiz crônicas malucas em tempos pesados e passados. Cá entre nós, na vida de futuros escritores há sempre controvérsias, por isso que tantas teorias concretas se quebram ao se depararem com a vida, que é a parte prática. Agora já posso dizer que não importa o clima ou o meu humor, escrevo e vivo como estiver. Procuro variar assuntos chocantes com coisas do dia-a-dia, assim como frases fúnebres com alegrias extremas...
À Princípio não imponho nem deixo a desejar, não violo nem deixo passar por despercebido, procuro eternamente um equilíbrio entre minhas vírgulas, crio incógnitas sem sentido e banalidades verdadeiras. Meu jeito de escrever, falar e viver fazem parte do meu show... Tropeçando, errando e caindo, acertando, subindo e ganhando asas, essa minha esperança equilibrista, sabe que o show de todo artista, tem que continuar.


Luciana Pontes

sexta-feira, 20 de junho de 2008

With or Without you

Se tem uma coisa que eu aprendi, ou melhor, entendi, é que nós não dependemos dos outros. Eu passei um bom tempo achando que sem uma certa pessoa eu não viveria. Que eu precisaria ser para todo o sempre completamente dele. Que eu não poderia olhar para outro cara, que eu não conseguiria gostar de mais ninguém... Porém, eu me dei uma chance. Todos merecem uma. Até nós mesmos. Entendi que eu não vivo porque ele vive. Entendi que ele nunca foi, e provavelmente nunca será nada meu, portanto eu nunca fui dele. Abri meus olhos e meu coração para outra pessoa, e veja só, não morri, vivinha ainda. Posso viver com ou sem você. Não, não, certas coisas não se esquecem... Bons momentos foram e bons momentos virão, mas eu sei que nunca passará disso. Não que eu deixei de acreditar, mas, cá entre nós, minha vida pode ser um conto de fadas, mas alguns os contos de fadas têm finais alternativos. Não, também não é o final. É o começo. Virou o jogo, porém as cartas ainda não estão na mesa. Falta a dama, ou o valete. É sua vez de jogar.

Sabe, tenho ótimas lembranças. Lembranças eternas, de um sentimento que foi eterno também... Enquanto durou. Se sobrevive dentro de mim até hoje? Sim e não. Quando acontece um flashback, quando minha mente me boicota me levando à uns anos atrás. Quando eu acordo de manhã e retorno no tempo. Logo eu volto a realidade e me sinto melhor. Bem melhor. Mais feliz.

São tantas coisas para dizer. Havia muitas coisas para dizer na época também. Coisas que eu achei que o tempo iria falar. Mas não, o tempo não faz a nossa história... É a gente que faz.
Por vezes amor eterno, por vezes saudades eternas, por vezes nada eterno, muitas vezes um nada passageiro. Quem vai saber...?
Demorei, mas reconheci, mesmo muitas vezes não querendo.
Hoje em dia eu posso dizer, eu sei viver, com ou sem você.


Luciana Pontes

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Não...

Não, este blog (ou pelo menos a minha parte) não tem fins provocadores! Não, eu não escrevo pensando em alguém e eu não tento atingir as pessoas em meus textos. NÃO estou escrevendo para você. Estou escrevendo mais para myself do que para o resto do mundo. Pelo amor de Deus!
Não, eu não escrevi querendo te magoar ou te mostrar a verdade, ou ainda, te dizer como eu mudei e como eu sou feliz lá lá lá... Eu demorei, mas aprendi que o mundo não gira à minha volta. Nem à sua. Nem de ninguém. Fim de papo.
Procure nas entrelinhas dos meus textos a minha verdade, mas não tenta achar coisa que não existe. Entenda tudo como quiser. Eu aprendi a viver vivendo, não pelo o que os outros viveram.

Isto não é uma provocação. Só quero deixar bem claro que eu não escrevo com fins terroristas, eu tenho coisa bem melhor para fazer do que tentar atingir os outros com palavras perdidas num blog. Eu já abri minha mente... E você?


Luciana Pontes

quarta-feira, 18 de junho de 2008

15.0 - Minha nova versão

Sabe, a minha vida tem andando muito bem. Eu tenho feito as coisas de modo que tudo se acerte no fim. Parei de pensar muito, lembrar... está tudo guardado, porém, prefiro não relembrar no momento. Abro o orkut e fico chocada com o que vejo! Como as pessoas mudaram. Em alguns é tão constrangedora a mudança, que chega a ser decepcionante! Acordei meio mal hoje depois de ver, na noite anterior, coisas que às vezes preferimos não ver. Fui pra aula e me animei novamente, na patinação me animei mais ainda. O que me deixava triste pela manhã já não me abalava mais à tarde. Será que eu mudei também? Por um lado sim... Mudei pra melhor, com certeza. Passei a pensar mais em mim, comecei a acreditar que eu realmente podia, mudei fisicamente, enxerguei o mundo com olhos mais abertos... Abri meu coração também.
Por outro lado, continuo me divertindo e dando risada quando não pode, pensando em mim, mas não me esquecendo dos que estão ao meu redor... Ainda não cresci nenhum centímetro este ano (é o que parece) e cerrei os olhos para o que não queria ver, mas sabia que existia.
Talvez eu ainda venha a me arrepender, mas eu acho que não. Essa nova Luciana (15.0) só me tem trazido coisas boas. Tomara que minha nova teoria de vida (começada mais ou menos em maio) me traga bons momentos... Ou pelo menos, boas lembranças.
Por hoje é só. Fui-me.


Luciana Pontes

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Novidades do blog

Não sei se vocês perceberam, mas blog está com um novo design. Todo azulão, com foto do perfil nova, cabeçalho com foto nova. Aliás, é dessa foto que eu quero comentar: Sim, sou eu. Com meus treze anos e uma blusinha azul que minha amiga tinha me dado no aniversário, olhando para a lagoa (ou rio, não me perguntem o nome) da Barra do Ribeiro, num dia tão claro quanto hoje (claro no sentido de branco, sem sol e temperatura úmida). A foto é meio estranha, porém, eu preferi colocar um pouco mais de 'sentimento' no layout. Espero que agrade todos. Também há uma mensagem no fim do blog (arraste a barrinha ao lado ou use sua bolinha giratória do mouse - não me pergunte o nome também - para ir até lá e ler a mensagem). Sem muitas palavras hoje,estou meio cansada. Minha criatividade se esgotou! Passei o dia criando o novo clipe musical para o colégio. As participantes são: Alessandra Kiercher, Camila Zeni, Franciele Vivian, Isadora Teider, Luciana PONTES e Nathalie Netto. A música, o script e demais elementos da performance são surpresa! Por hoje só, a não ser que ocorra algum acontecimento muito importante (o que eu creio que não irá acontecer).
Nos vemos em breve.


Luciana Pontes

sábado, 7 de junho de 2008

Agradecimentos

Gostaria de agradecer todos aqueles que estiveram do meu lado. Queria poder dizer-lhes muito, porém, minhas palavras a cada dia se perdem mais e eu acabo falando nada com nada. É bom demais saber que tem gente que acredita em você, mesmo que nem você mesmo acredite que elas possam fazer isso. É bom também ouvir de mais velhos que você não é igual aos outros pobres jovens (creu), e que você tem uma mente intelectual grande demais para sua idade. Eu mesma não consigo me explicar muitas vezes porque as pessoas que ouvem minhas explicações são, muitas vezes, mais velhas. Eu mesma não me dou o valor e penso "quem vai ouvir uma guria de quinze anos falar se ela nem ao menos terminou o colégio? Quem vai ter respeito pela palavra de uma garota que mal conhece o mundo e não sabe nada da vida?". Sim, antes de abrir minha boca na presença de um adulto (por mais infantil que este seja) eu paro e reflito se realmente irá valer a pena eu jogar minhas palavras sonhadoras no ar. Gostaria também de agradecer quem me ouve, quem confia em mim, quem me ajuda a abrir os olhos todos os dias e querer mais vida, mais realizações e mais alegria, quem supera idades e argumentos e não se importa em escutar e crer em uma adolescente, sonhadora e por vezes desastrada, mas que confia em si mesma. Se eu pudesse, contaria tudo que eu penso, sobre até mesmo coisas que ainda não vivi, mas não posso. Queria muito saber se na cabeça de todo mundo há sempre uma festa de pensamentos, se a mente de mais alguém é tão agitada de frases e idéias. Não acredito que esteja sozinha nessa. Para finalizar, gostaria de agradecer aos céus e a Nathalie, por me darem coragem de por em prática a idéia de criar este blog, que desde o início for esclarecedor. Agora vou-me, porém, voltarei em breve.

Luciana Pontes