domingo, 5 de setembro de 2010

Incêndio no Fondue

(história verídica)

Sábado à noite e gurias animadas: todas prontas para curtir uma rodada de fondue na minha casa. O relógio marcava sete horas e o chocolate e o queijo borbulhavam nas panelinhas.

Na mesa havia pedacinhos de carne, frango, pãozinho, quatro litros de Coca-Cola, moranguinhos, bananinhas, aperitivos, o novo chocolate Delice da Lacta (cuja propaganda televisiva mostra uma mulher se explodindo em chocolates voadores - como se isso realmente acontecesse), canudinhos de chocolate e otras cositas mas. O mundo era pura alegria e fantasia, e as meninas do teatro festejavam a vida em doces e amizades. Contávamos aventuras, amores, risadas, micos: era a própria noite com as amigas. Meus pais, prestes a ir a uma pizzaria, passavam pela mesa e beliscavam pedaços das comidas escaldadas em fondues. Tudo ia bem.

Eu fazia observações, como "gente, vamos cuidar pra não babar o garfo e colocar ali dentro... Só pra não encher tudo de baba", ou "Deia, pega um guardanapo para não sujar a mesa", ou ainda "vamos tirar esses morangos daqui enquanto ainda não está pronto o chocolate", sempre metódica e nojentinha. Meu pai fazia coisas de pai, como bater foto das pessoas comendo, e minha mãe rodeava a mesa de olho na comida.

Havia, no entanto, um porém: A panela utilizada não era aquela de fondue mesmo, e sim, uma de barro que meus pais recém haviam comprado; uma das meninas trouxera um utensílio de pedra  para cozinhar a carne, que (ainda não sabíamos) continha uma rachadura. O óleo de cima da bandeja de pedra, então, pingava na mesa. Foi então que começamos a notar a alta temperatura dos nossos molhos fondues. A coisa de pedra preteava (escurecia) e jogava óleo para cima, queimando as carnes e nossas mãos. 

De repente (não mais que de repente) no meio de uma risada ou outra, a panela de barro se partiu ao meio, derramando todo o queijo-duplo fondue e o álcool sobre a mesa. Ateou fogo em tudo. A chama era alta, inflamava a altura de nossas cabeças, e o álcool de espalhava por tudo. A pedra de fondue pingava óleo do outro lado da mesa, e as carnes queimavam naquele enegrecido. O fogo de tudo era alto e forte e queimador. Todos gritavam e se afastavam da mesa. As coisas queimavam. 

Meu pai, como bom salvador que é, prontamente disse: "Pega a máquina" e bateu uma foto da fúria do fogo. Uma não, algumas. E o fogo crepitava. 

O cachorro, melhor amigo do homem, em vez de latir para alardear os vizinhos, os bombeiros, os santos, quem quer que seja, subiu na mesa de centro da sala e roubou o chocolate Delice da Lacta e foi para sua caminha comê-lo. E as carnes torravam e eu gritava pelo queijo perdido!

Minhas amigas, jovens que são, com seus catorze aninhos e grande talento teatral, tentavam salvar a comida e os cabelos do fogo. 

Foi então que, meu pai, demonstrando o porquê se ser o homem da casa, tacou a mão na pedra quente e queimou os dedos. No entanto, num momento de heroísmo histórico, pegou uma toalhinha de prato e levou a fonte queimadora para a pia. Lá, contou ele, que jogava água em cima e o fogo aumentava ainda mais, tostando a secadora de roupas. Enquanto isso, na sala, tentávamos (sem sucesso) limpar da mesa toda sujeira do queijo e do óleo.

Apagado o fogo e acalmadas as emoções, sentamo-nos de novo a mesa e demos graças pela toalha, altamente inflamável, ter sido retirada antes de toda a função do fondue incendiário.

Por Luciana Pontes


domingo, 15 de agosto de 2010

a história não mudaria

- Tu estás me comparando ao meu pai?
- Tu estás me comparando a ti?
- Meu pai?
- Meu pai?
Risos sarcásticos
- Que isso, filha...
- Que isso, pai...

Por Luciana Pontes.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Tu te reconhecerás como adulto quando fores tomado, pela primeira vez, pelos sentimentos mais obscuros que possam existir na Terra...

Luciana Pontes

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Um pouquinho de mim

Minhas excentricidades se resumem a dois pares de chinelos de algodão (um pré e um pós-banho) e vontades loucas de comer cachorros-quentes no meio da noite.

Luciana Pontes

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Frase

Antes estes momentos sublimes do que uma vida regada a emoções pela metade...

Falei um dia no msn. Estava salvo aqui. Postei. Não me lembro mais sobre o que se tratava :/


Luciana Pontes

Eu não sei o que está acontecendo.

Ó meu Deus a vida é tão linda! Há muito tempo que eu não me sentia assim. Eu não sei o que está acontecendo, mas o mundo se tornou um lugar maravilhoso para se viver. As pessoas são belas, os sentimentos são puros, tudo é poesia... Meu Deus, como eu amo tudo e todos. Meus olhos não brilham esperançosos assim há muito anos. Que sentimento que me fazia falta! Parece-me que eu não era eu mesma antes de tudo recomeçar. Obrigado, meu Deus, obrigado! Sentimentos desta intensidade aparecem poucas vezes na vida...


Luciana Pontes

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Antes que o sol nasça IX

Antes que o sol nasça - Apenas um eterno momento.
(texto verídico)

Ah, emoção que me eleva as estrelas! Ah, emoção que realça as qualidades da minha vida! Como é bom tê-la novamente. Como é bom senti-la a sobressair-se de meu peito! Ah, forte sensação que há tempos eu não sentia... Como este teu êxtase move minha vida, como este teu ar livre percorre meus pulmões, como esta tua energia renova minhas células! Tanto tempo esperei para sentir-te de perto novamente. Quantos dias passei a analisar, pela janela de meu quarto, as longas linhas que promovem o universo, à procura de teu sabor. Ah, prazer do incerto que galanteia minha alma! Lembro-me bem de meus dias auspiciosos, onde eu navegava pelos ares da vida, conciliando o lúdico ao concreto, o ocioso ao ocupado, a presteza dos anos com o vagaroso fechar dos olhos ao dormir, tudo simplesmente para haver-te uma tarde sóbria em meu peito... Ah, emoção pulsante. Leva-me para além dos pensamentos pesados da terra. Leva-me, apenas leva-me...
Ah, que saudades que eu estava!



Luciana Pontes

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ventos

.História verídica.

O relógio marcava duas horas e eu descia do ônibus. As folhas outonais que se espalhavam pelo chão, logo após a parada, fizeram-me sentir as sobras de vida que ventavam com as árvores. Meu olhar percorria a terra que me sustentava... Era um dia nublado e as primeiras brisas frias levavam para longe as folhas mortas, levando junto consigo meus pensamentos. Eu carregava em mente um mau presságio e, em mãos, meus velhos patins. Estava na hora do treino. Encaminhei-me até a entrada do ginásio, enquanto refletia sobre a vida e seu fim. Sentia-me como se a morte se esgueirasse pelos arbustos toda vez que eu olhava para trás. Percorria-me pelo corpo aquela angústia de quem sabe que algo significativo estaria por vir. Guardei minhas reflexões no bolso e iniciei meu treinamento.

Enquanto deslizava por sobre o assoalho, lia assombrações que cercavam minha mente. Havia cenas de filmes, falas de livros e partes da vida, ou tudo que me retomasse o relógio e o fim dos tempos. Aos meus ouvidos chegavam os sons das folhas da rua que caiam na terra, e o rolar cansado de minhas rodas. Preparei-me para um giro. Ao apoiar o chão, numa tentativa simples de manter o equilíbrio, senti que algo aconteceria; e o tempo congelou.

Minhas pernas se enroscaram e eu parecia voar. Minha cabeça mirava o chão e meus olhos mantinham-se fixos no piso. Eu apenas sabia que não podia deixar que meu corpo tombasse de qualquer jeito no solo. Então eu me perdi. Não sabia onde estavam meus braços e meus patins estavam no espaço. Meu corpo apenas se expandia. De repente eu era grande e voava. E voei por muito tempo, até lembrar-me de que o relógio tinha que bater mais um segundo. E bateu. Num instinto, achei uma de minhas pernas (que subia o infinito sem rumo) e joguei-a ao chão. Ouvi a batida da roda do patins e nada mais. Tudo escuro. Nenhum som.




O relógio bateu um novo segundo. Eu passei a ouvir os sons do ginásio, vozes e outras rodas a rodar. Abri meus olhos. O foco demorou - o que eu diria uma eternidade neste meu tempo perdido - a chegar. Havia algo logo a minha frente, e eu me perguntava se era um pedaço de meu próprio corpo ou dos meus patins. Subiu-me uma dor provinda dos joelhos e dos quadris, e eu consegui destinguir o que aquele objeto era. Como numa daquelas cenas de filmes que pairavam sobre minhas ideias, o objeto era algo da qual eu deveria me lembrar. E, embora esta história não tenha trazido grandes aventuras nem fortes emoções, a folha seca que se encontrava, recém focada, a minha frente fizera-me pensar. O mesmo vento que escondeu-me os pensamentos havia trazido aquela folha... A mesma folha da rua. Aquela que sussurava, ao meu ouvido, sobre o resto de seiva que o outono havia lhe tirado, e escondia consigo, e para sempre, qual das brisas a tornara leve o bastante para voar.



Luciana Pontes [sem revisão]

domingo, 9 de maio de 2010

Poesia antiga e infantil

Vasculhei meus arquivos virtuais e encontrei um poeminha meu. É bem simples e foi escrito em 2005, quando eu tinha inocentes doze aninhos. Aí vai:

Olá estranho!
Que bom que você chegou,
Eu nem te conheço,
Nem sei por onde andou.
Olá estranho!
Você não me disse nem oi.
Passou reto por mim
E se foi!
Olá estranho!
Só por um momento
Tive o prazer de te olhar...
Não, não vá embora!
Não me deixe aqui a chorar.
Olá estranho...
Sei que também pode me amar
Mas o meu maior medo é de um dia
Nunca mais te ver voltar.


Err, eu disse que era simples. Não me julguem mal. Escrevi coisas melhores que isso quando jovem. Adeus (mundo cruel).


Luciana Pontes

sábado, 8 de maio de 2010

Com (des)gosto e gentileza

Hoje eu lembrei-me de você. Lembrei de toda sua loucura, do seu mundo desacreditado, do seu jeito de pensar, da cor da letra que você usava no msn e do ponto em que chegamos. Parece que era para ser assim, embora nas nossas histórias os finais terminassem bem, ou, melhor ainda, terminassem juntos. Eu não sinto sua falta, por isso não falo com você. Mas você me traz lembranças. Marcou meu ano. Foi um bom momento, bom enquanto durou. No fundo a gente já sabia que um não ia aguentar o outro por muito tempo. E foi o que aconteceu.

Ficou podre tudo isso que eu escrevi mas, como sempre, quem liga?



Luciana Pontes

terça-feira, 4 de maio de 2010

Mas acabou.

Como eu tenho saudades do ano que passou. A vida era uma novidade e muitos meses ainda estavam por vir. Eu tenho saudades de quando as coisas eram simples, de quando o tempo passava no ritmo certo, de quando tudo dava certo e de quando os sonhos eram de verdade.
Os sentimentos eram outros. A vida era outra. Os caminhos levavam à uma realidade diferente desta em que vivo. Antes, os meus sonhos eram alcançáveis, a minha forma de pensar era leve, e tudo era lindo, e tudo dava certo, e se não estivesse dando certo era porque ainda não havia acabado. Mas acabou.
Agora tudo acabou.
Agora a vida é difícil.
Agora os sentimentos pesam, as pessoas pesam e seus atos também. Hoje eu tenho que decidir tudo, mas eu não quero. Tudo o que mais quero é aquela vida que levava; Aquela brisa colegial que batia em meu rosto e me fazia criar e imaginar, sabendo que ainda havia muito tempo pela frente. Quero voltar a ver o que via, o brilho de olhares, a música, a alegria... E o relógio marcando que ainda não era tarde demais.


Luciana Pontes

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Três anos de Abra Sua Mente

Dia dois de maio de dois mil e dez, o nosso querido blog Abra Sua Mente, entrará nos seus 3 anos online!
Gostaríamos de agradecer aos comentários, aos leitores, à todas as pessoas que nos inspiram (nos alegrando e até mesmo nos irritando), aos seguidores e àqueles que, de um modo ou de outro, ajudaram a fazer a história desse blog!



Luciana Pontes

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Hoje eu tenho certeza

Hoje eu tenho certeza que a vida é bela. Hoje eu sei o que eu quero daqui para adiante. Hoje o sol nasceu para mostrar-me o caminho. O que será do amanhã já é outra história.

Um novo hoje surge e traz consigo novos horizontes. Neste novo hoje eu não quero o que passou. Agora eu sou livre. Nesta manhã eu tenho meus pensamentos iluminados, iluministas e concretos (não ilusórios); mas o que será da tarde já é outra história.

E assim os dia vão passando e meus pensamentos vão seguindo um ritmo emocionante, novo, simples; mas o que será daqui a pouco já é outra história.

Como é boa essa maneira de viver...


Luciana Pontes

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Sozinha

Sinto-me cada vez mais sozinha. Ninguém me faz falta e não há ombro que cure meu choro. Os defeitos dos outros se destacam e finalmente as pessoas são o que realmente são. Não vejo mais ninguém como antes, acabou-se a pureza, acabou-se o bom gosto, acabaram-se as risadas e os sorrisos verdadeiros. Tudo virou jogo de cintura, pitadas de falsidade e umas mentirinhas aqui e acolá. Sendo assim, só consigo pensar no meu bem-estar.

Meu pensamento não é do tipo egoísta. Eu ainda tento buscar nas pessoas próximas um pouco de bom senso, uma opinião que concorde com a minha, uma frase que tenha entrelinhas que sustentem um relacionamento... Mas não acho ninguém assim. Vejo verdades feias se destacarem, mas eu não as comparo com as minhas. Não é um jogo de espelhos, e sim, uma visão mais dura da vida.

Esta minha vida anda cada vez mais complicada. Toda a magia de antigamente se esvaiu; agora só vejo realidades cinzentas...

Tomara que isso não signifique ser adulto.
Porque, sendo assim... Eu não vou gostar.


Luciana Pontes

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Diretamente do Rio de Janeiro.

Saí de minha terra segunda de noite. Peguei um voo difícil e cheio de turbulência. Pousei num lugar chuvoso que tem fama de tropical. Fui para um hotel mofado e sujo. Mas estou viva.
Encontro-me, neste instante, num dos ginásios de esporte do Rio de Janeiro, vendo centenas de patinadores competirem, ouvindo a música dos solos, sofrendo juntamente com os choros e pulando juntamente com a alegria dos atletas... Talvez esse não seja meu mundo, mas, querendo ou não, faz parte dele.
Agora vou torcer para a minha colega e amiga de patinacão. Desejem a ela boa sorte.


Luciana Pontes - diretamente do Rio de Janeiro, no Campeonato Brasileiro de Patinacão Artística.
OBS: Onde há C no lugar de C com cedilha, lê-se o correto.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Está tudo acabado.

É isso pessoal. O Abra Sua Mente chegou ao sem fim. Encerramos, infelizmente, antes de completar os sonhados três anos em andamento. Essas coisas acontecem, né?

Eu e a Nathalie brigamos e decidimos fechar o blog.

Este é o fim do Abra Sua Mente
Espero que tenham gostado...









Primeiro de Abril!!!!

(tá, não teve graça)


Luciana Pontes

domingo, 21 de março de 2010

De cara nova

O Abra Sua Mente, finalmente, renovou seu layout!
Uns meses atrás foi mudado todo o fundo do blog e, agora, o cabeçalho. Espero que seja do agrado de todos.

Lembrando que este ano, no início do mês de maio, o Abra Sua Mente completa 3 anos de postagens, bobagens, emoções e tentativas mal sucedidas de textos (brincadeirinha hehe, a gente até gosta do que faz). Prometemos, novamente, muito mais empenho de nossa parte e muito mais participação em outros blogs!

Agradecemos às pessoas que nos acompanham, os comentários, o que lemos pelo msn de outros blogueiros e ouvimos de colegas e amigos e, é claro, à todos aqueles que, de uma maneira ou de outra, fizeram parte desta história!

Obrigada e aproveitem!



Luciana Pontes

Janela

Desgastada de uma noite mal dormida, cansada dos clichês sociais, acordo-me desolada no meio da de madrugada, com os primeiros raios de sol batendo no meu rosto.

Ontem foi dia de festa, festa chata, gritaria e risos forçados; Ontem foi dia de trago, cerveja liberada e copos babados; Ontem não foi meu dia... Pois não saio de casa, não fumo, não bebo e sou péssima companhia. Sou solteira, à solta, e nem sei caçar; Azar o seu.

Hoje acordei antes do sol raiar, com dor nas costas e melancolia: Quem aqui vive a vida que quer? Ninguém, meus amigos, ninguém.
Ontem cansei-me da pose de boa moça, dos sorrisos, dos assuntos interrompidos e dos comprimentos beijoqueiros... Pra que beijar tanto?

Estou deitada na cama, sozinha, tentando abrir a janela do quarto. Renovar o ar me ajuda. Mas não consigo, a janela está trancada. Pra sempre. Chego a pensar em não me levantar mais e esperar que me procurem, mas que ilusão, quem de mim se lembrará?

De repente, ouço do lado de fora um pássaro a cantar. Seria um aviso? Ele canta pousado na árvore que espera ao lado do meu quarto, assim suponho, pois é onde mais próximo se pode chegar de mim. Vou destrancar essa janela.

Num salto saio da cama, meio enrolada no cobertor, os cabelos bagunçados me tapam o rosto, meu pijama está torto e minha casa desarrumada. O pássaro cantor parece que percebe meu movimento e põe ritmo no seu canto. Eu ouço, em pios: "here comes the sun..."

"... And I say it's all right". Respondo, abrindo a janela. E quando a abro, avisto o pássaro, pousado onde eu havia imaginado.

E logo acima, no horizonte, o sol termina de surgir... E, veja só... Está tudo bem.


Luciana Pontes

segunda-feira, 15 de março de 2010

A importância de (não) ter uma aula de religião no terceiro ano.

É o seguinte, nós não sabemos o que escrever, estamos eu e a Luciana sentadas aqui, na informática do colégio, tendo que fazer uam pesquisa sobre mulheres importantes.

Isso está sendo um momento bem legal, pra falar a verdade.
A mulher da informática está vindo, temos que ir.

Beijos.

Luciana Pontes e Nathalie Netto.

terça-feira, 9 de março de 2010

Reflexão para quem quer uma ajudinha

- Eu tenho a mesma vida que você, eu busco as mesmas coisas que você, mas eu faço acontecer... Ou, pelo menos, tento. -

"Não tente ser quem você não é, pois, acredite, você só estará enganando a si mesmo. Todo mundo irá saber que, no fundo, você é uma bosta falante, que se gaba de ter sonhos. Mas, não adianta só sonhar. A sua vida passará e nada terá acontecido. Você será um gordo velho, barrigudo e talvez careca, que irá se lamentar a noite por ter perdido todo seu tempo e ter desperdiçado oportunidades. Você inventará desculpas, tentando se auto perdoar, mas saberá que é e foi um fracassado. Você inventou tristeza, se disse depressivo, disse que sua vida de filhinho de papai foi difícil e cheia de problemas, mas a única coisa que você teve foi problemas de acne e oleosidade na pele. Você dará falsas risadas com amigos, beijará desconhecidos, terá histórias clichês para contar e nunca se aceitará. Você deixará seus sonhos e atitudes somente em pensamentos e sua vida se resumirá a dias pensados, ideias no papel, críticas sem fundamento, falsos ideais, falsas verdades, falsa reflexão da imagem e chatice. E todas as pessoas saberão disso; todas as pessoas saberão que você é burro; tão ou mais burro que elas mesmas... Porque provavelmente outros merdas irão te julgar. Então, não espere que ninguém te ajude, porque, bem descaradamente, as pessoas têm pena de você.
Enfim, se depois de ler tudo isso você continuar se achando uma bosta, ótimo, porque você é. Agora faça alguma coisa pela sua vida antes que ela passe em branco, e lembre-se: Não é a minha vida que vai passar despercebida. Eu não preciso te ajudar, mas até posso dar um empurrãozinho. Não esqueça que eu tenho a minha também para cuidar. Agora, saia da minha frente e vá arranjar alguma coisa para fazer".


Luciana Pontes

sábado, 6 de março de 2010

Dezessete

Como poucos sabem, hoje é meu aniversário. Completo longos dezessete anos de existência e, como poucos sabem também, matematicamente passo, amanhã, a viver meus dezoito. Sou, sim, do signo de Peixes; nascida, juntamente com minha gêmea, no dia seis de março de mil novecentos e noventa e três, às dez horas e trinta minutos. Ou seja, já nasci (são 16h27min agora). Tenho completa numerologia pelo número treze (ou quatro), o que quer dizer, mas não ao todo, que peguei os ares índigos do final do século XX, mais especificamente terminado no início da década de 90 (que, na verdade, não é 90, pois a década de noventa começa em 1981 e termina em 1990, se você for pensar bem), ou em 1993. Luciana vem do latim e significa "nascida sobre a luz da manhã", o que se encaixa muito bem com a minha hora de nascimento.
Pulando todas as outras enrolações astro-numero-pseudomatemáticas, agradeço a todas as parabenizações e felicitações. Obrigada! Agora vou receber meus primeiros convidados...

Adeus, até amanhã ou sei lá quando.



Luciana Pontes

quinta-feira, 4 de março de 2010

Reflexão para quem se sente só.

Não se preocupe, pois, em algum lugar do mundo, algum garoto, iludido, irá colocar as mãos na cabeça e reclamar por uma mulher perfeita. A angústia desse menino será equivalente a sua e as perguntas serão as mesmas: "Por que ninguém presta? Onde estão as pessoas ideais?". Ele se sentirá único no universo e verá seu próprio futuro sozinho. Este garoto, bom, caiu em mãos erradas e agora não acredita em mais nada, como você. Ele andará pelas ruas sem saber se permite que seus olhos o guiem à procura de alguém ou se deixa que o destino dê sua ordem final (ou inicial?). Ele escutará músicas tristes apenas para ficar ainda mais triste, e sentirá na pele e no pensamento a dor da solidão. O menino, apesar de sozinho, continuará tendo esperanças no amor. Talvez ele envelheça e ache alguém, sem pensar num "tarde demais". Talvez ele encontre amanhã o amor da sua vida, como num desses encontros banais que o destino nos coloca. Talvez ele já conheça a garota dos seus sonhos, mas no meio de toda a sua tristeza não pôde notar isso. O garoto achará clichê pensar e escrever seus poemas de amor, ele acreditará que ninguém mais gosta disso. Ele passará um tempo tentando ser tão frio quanto quem o deixou, mas não conseguirá.

Até que, no mais belo dia, ele finalizará sua jornada em busca da alma-gêmea. Pode ser que não acerte na primeira, nem na segunda, nem nas tantas outras chances, mas, um certo dia, acertará. Então ele se sentirá o mais sortudo dos homens, e não estará errado. Pela primeira vez na vida, o menino sozinho não estará só... Estará completo. E completo ele voará para além do que meros amantes conhecem e descobrirá as belezas do viver. Aquele garoto iludido, agora amado, estará vivo, uma vez mais.


Luciana Pontes

quarta-feira, 3 de março de 2010

Charada:

Anteontem eu tinha 9 anos. Ano que vem, faço 12. Que dia é hoje e que dia é meu aniversário?

Se você souber a resposta, comente!


Luciana Pontes

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Um dia na sua vida

De repente minhas conversas não rendem mais e minha brincadeira não tem graça.
De repente meu coração acompanha as batidas da música que eu ouço.
De repente todos os meus planos voam pela janela, para sempre.

As palavras estão perdidas, tudo está perdido; não há nem um sonho.
Mas eu sinto que posso mudar isso. Talvez mais uma loucura na minha vida, talvez uma exaltação do meu egoísmo e nada mais, mas eu sinto. Eu sinto que posso fazer as coisas se resolverem.

As informações boiam na água, tudo balança, nada tem sentido... E de repente a repetição da canção não me incomoda. Quero que toque, que a música toque sempre, para acalmar minha fera indomada, minha vontade de mudar tudo agora, mesmo sabendo este "agora" é inalcançável.

Meus planos despencam, minha cortina se fecha; mas pode ser que tudo isso seja um exagero da minha parte. Quem sabe, vivendo, eu acabarei por esquecer tudo e todos, e deixar que o ano role sem rumo? Quem sabe 2010 será feito para minha solidão?

Mas ainda uma fagulha de esperança me persegue. Esperança, instante devasso, que faz com que meu sonhos flutuem sobre mim, podendo eu apenas tocá-los de leve.

Embora as cortinas estejam fechadas, minha força interna diz que elas devem ser abertas, e serão, eu as abrirei.

Nem cedo, nem tarde.

No momento certo.


Luciana Pontes


sábado, 20 de fevereiro de 2010

Texto pobre sobre famosos

Não vejo nas pessoas aquela vontade de "ser para sempre" (individualmente falando). Não no sentido existencial da frase, mas no sentido histórico. Vejo estrelas relâmpago, flashes de fama, pseudo-cantores com uma música clichê e nada mais (mas, quem sou eu para falar deles? Sou uma reles mortal, e bem mortal, que só escreve num pequeno blog). Sempre penso em não levar aos extremos minhas opiniões, por isso, agora mesmo, estava procurando no youtube as novas músicas da galera. Não achei nada que me agradasse o bastante para baixar, mas valeu a pena para conhecer o pessoal.
Quando falei sobre eternidade, acima, quis dizer que o instantâneo é o mais procurado. As pessoas, não muito longe da realidade em que vivemos, preferem "errar" para chamar a atenção, transformando-se, assim, numa celebridade de micro-ondas. Contudo, existem, sim, famosos que serão lembrados daqui a muitos anos (e, acreditem, não apenas por seus escândalos), porque talentos hão em toda parte, a questão é se são bem aproveitados.
Não acredito, porém, que gênios da música, literatura, pintura, etc, etc, tenham conseguido rapidamente sua fama. Garanto que só foram lembrados postumamente, como acontecia muito seguido antigamente. Então, muitas vezes fico-me perguntando se não é melhor estudar e conhecer muitos artistas antes de fazer alguma coisa que chame a atenção; Claro que não me refiro só aos grandes e eternamente consagrados nas áreas artísticas, há alguma gente que deve ser ouvida e respeitada...
Espero que eu não seja a única que defenda o pensamento de inovação na área famosa. Talvez nos falte artistas de verdade.

(o texto ficou muito podre e eu não consegui me expressar bem, eu sei)


Luciana Pontes

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Neutra

Hoje acordei neutra.
A minha resposta pra tudo, hoje, é não sei. A maioria das minhas vontades balançam entre o sim e o não. Quando acordo nesses dias, preferia ter acordado negativa, porque quando se nega, pelo menos, é certo no que se faz; mas quando não se tem nem forças para negar, daí, meu amigo, é melhor dormir e esperar que tudo se faça sozinho.
Como nada se fará, será um dia podre. Um dia neutro.
Obrigada.


Luciana Pontes

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Nós dois agora

Talvez não estejamos falando de nós dois agora. Talvez as indiretas não sejam para mim, e as minhas não sejam completamente para ti. Ah, mas que sonho é e será se forem de mútuo agrado. Isto é, se te agradar a minha adoração por ti.
Talvez nossa proximidade tenha nos afastado...



Luciana Pontes

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Café da manhã macabro

História verídica, ocorrida lá pelos idos anos de 2003;


Certa manhã, como de costume, fui acordada pela minha mãe e me encaminhei até o banheiro. Enquanto fazia uma rápida higienização matinal, ouvi, da cozinha (onde, agora, se encontrava minha idolatrada mãe) o seguinte seguimento de fala:
- Coloquei pra ti "nanana" limão "lalalalalalalalaá" não tira!
Desacordada demais para pedir o repetimento, deixei por estar.
Segui até a sala, onde sentei-me à mesa e pus-me a desfrutar de um pedaço de pão acompanhado de seus 'frios'. Ao lado do meu prato se encontrava aquele delicioso leitinho gelado com Nescau, sabor que marca a infância. Peguei o copo e bebi meu primeiro gole achocolatado. Senti o gelado descer pela minha garganta, acompanhado por um gosto horrível. Era como se eu estivesse bebendo o suor de um pântano podre, ou talvez a poça de água mais suja de Porto Alegre, ou então a urina de um velociraptor velho... Era o gosto da morte na minha boca... Mesmo assim, tomei mais um gole. Pude, dessa vez, sentir o sabor de gotas de limão no leite e concluí o que estava acontecendo: Mamãe havia colocado limão no meu leite com Nescau, e era isso que ela havia me dito aquela hora; daí provinha o gosto do Apocalipse azedado. Sempre acreditei na mamãe e no papai, portanto, não havia dúvidas de que a resposta era aquela. Tomei mais uns goles.
Minha irmã chegou a mesa e pegou seu copo. Antes que eu pudesse avisá-la de qualquer coisa, ela já estava cuspindo tudo na toalha:
- Mas que coisa terrível!!!
- Déia, não fala assim... A mamãe colocou limão no nosso leite. - Tentei acalmá-la.
- Que limão o que Luciana, deixa de ser doida!!! - Não acalmou-se Déia.
- Bebe tudo isso aí e não reclama! Deve ser alguma receita nova da Ana Maria Braga - Coloquei-me, finalmente, como a irmã mais velha dela.
- Ahh não, eu não vou beber essa coisa nojenta... Pensa bem, Lulu, parece que tá podre! Vou lá levar pra mamãe...
Ia levantando-se minha irmã quando eu a interrompi:
- Déia, pelo amor de Deus, se a gente não gostar a mamãe vai ficar uma fera!!
- LUCIANA EU NÃO VOU BEBER ESSA COISA HORRÍVEL! - Tomou as rédeas minha irmã mais nova.
- Então vai lá... Eu vou tomar mais um pouco pelo menos... - E mergulhei-me em goles grandes e nojentos, até que mais da metade da parte superior do copo estivesse vazia.
Minha mãe, ocupada com seus afazeres domésticos logo pela manhã, não sabia de nada daquilo. Ouvi, então, a conversa das duas, minha irmã e ela, na cozinha:
- Mãe, bebe isso aqui e me diz o que tu acha... - Propôs docilmente Deinha, e esperou que minha mãe provasse.
- Aaaaah meu Deus do céu, que horror! Arghh - Respondeu mamãezinha querida.
- A Luciana disse que tem limão aí e que a gente tem que beber tudo! - Acusou-me a irmã.
- LUCIANA DEIXA DE SER LOUCA AQUI NÃO TEM LIMÃO! - Brandou mamãe para mim na sala.
- Mas tu disse que tinha! - Entrei na conversa.
- Para guria, esse leite tá azedo! - Retrucou minha amada mãe vindo até a sala - Meu Deus e tu ainda bebeu quase tudo...
- Sim... Eu nem tinha percebido nada demais - Menti. - E, afinal, cadê o limão?
- Eu disse que tinha colocado biscoitos de limão na tua mochila pra escola, guria!
Incrédula, levantei-me e fui despejar o resto do meu copo na pia.
Ninguém falou mais nada.
Fui para a escola e não passei mal. Mas o sabor da morte no meu copo com Nescau persegue-me até hoje. Deve ser por isso que acredito no café, todas as manhã, mesmo que nem sempre ele me ajude a continuar o dia.


Outras histórias verídicas:
Desastre da Margarina
O maníaco da pipoca
Conto de rua
Antes que o sol nasça VII
Antes que o sol nasça VIII
O que aconteceu comigo



Luciana Pontes

domingo, 24 de janeiro de 2010

Big Brother

Muitas pessoas criticam o Big Brother Brasil, argumentando que os participantes e os espectadores são idiotas, imbecis, burros ou medíocres. Pra variar, eu não concordo com isso.
Defendo a ideia de que somos todos 'normais' (entenda 'normais' por certa igualdade nas pessoas, como ir ao banheiro). Já ouvi muitas críticas quanto a programação, música, roupa, estilo, etc, etc, e a maioria vinda de pessoas com um complexo de superioridade incrível. Bom, eu posso até manter uma opinião sobre certos assuntos, mas não esquento a cabeça com todas as coisas que o povo gosta. Gente, Big Brother é legal.
Não somente pelo fato de analisarmos as mudanças durante o confinamento, como também nos divertimos e até gostamos de alguns.
Daí você diz que é tudo armação da Rede Globo. Ah, bom, que seja... É só um passatempo.
O fato de ver ou não BBB não me faz mais burra ou mais estúpida que ninguém.
Eu prefiro cuidar bem dos meus neurônios, para melhor usá-los nas devidas ocasiões, do que queimá-los com essas críticas bestas. As coisas seriam bem mais fáceis se as pessoas fossem mais calmas com a opinião alheia.
Muita gente confunde intelectualismo com nojentisse. Digo-lhe: Você não precisa ser nojento. Claro, que sou eu para dizer isso? Uma reles mortal que nem tem ainda o diploma de ensino médio... Mas por que não deixar que as pessoas dancem, cantem, ouçam, pensem tudo o que quiserem? Não deveria fazer parte do entendimento universal desses mestres criticadores a liberdade de opinião? (Reflita)
Então, calma, pessoal, calma. Mantenham seu entendimento das coisas, mas deixem todo o resto em paz. Você não precisa odiar tudo para ser inteligente.

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Sobre a postagem abaixo, desculpem as palavras frias e cruéis, mas às vezes eu chego num limite. Não sou tão má assim (ou sou?).
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Luciana Pontes

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

mundo horrível

Eu odeio escrever sobre isso, sério, odeio mesmo. Mas não consigo me segurar. O que seria da vida sem um pouco de provocação? E quer saber, vou ser bem mais direta, porque pelo jeito tem gente que acompanha aqui ainda e não me esqueceu. Peço desculpa a todos os leitores inocentes, mas vou descarregar tudo aqui no blog (meu bom amigo).

Eu odeio todos vocês. Todos.
Vocês são muito ruins e é melhor que nem percebam isso, pois assim vão continuar falando muita bobagem, o que me fará rir muito, muito.
Vocês são feios, sem gosto, sem sal, mortos. São bons em fofoca, intriga, e são péssimos na única coisa que deviam fazer. Arrependo-me de cada segundo que passei ao lado de vocês. Lado, isto é, quando defendia sua bandeira, pois por nem um instante fui a favor das coisas ruins que vocês falavam de todos, todos, desde crianças até velhos. Incrivelmente surgem talentos aí, como eu fui, como outras pessoas que, graças a deus já estão em outra cidade, mas é tudo nosso mérito. Pode ser que tu (é, tu mesmo) te salve em alguns movimentos, saiba ensinar uma coisa ou outra, mas, minha cara, tu não faz ideia de quanto tive que reaprender. Porque tu é ruim.
Não só como pessoa, mas também na área profissional.
Eu não tenho medo de dizer as coisas. E este blog é pessoal, então não há nada para me acusar. E se eu souber de alguma resposta, saberei como vocês me idolatram. Ah, e se serviu a carapuça, eu não posso fazer nada.
Surgiu em mim uma curiosidade de ver como estavam as coisas por aí, fazia um ano que eu nem lembrava de vocês. Lembrei, li, e vi que nada tinha mudado. Eu acho tão engraçado, sério, a maneira com que se acham os tais, sem saber que são os merdas desse mundo que compartilhamos. Eu digo isso por mim, apenas por mim, porque já vivi vocês. Espero que as pessoas de talento daí abram os olhos mais rápido do que eu, na minha época, e fujam o mais rápido possível das suas "garras" (entre aspas porque nem maus vocês conseguem ser... Só ruins). E o pior é que acham que machucam alguém... Acham que alguem liga. Pois ninguém liga, sabia? E deviam dar graças a Deus que eu estou aqui dando um ibope pra tudo isso. Somente porque eu me divirto com a situação. E quer briguinha? Quer rixa? Vai ficar querendo sozinho, porque eu tenho mais o que fazer.
Beijos a todos e, repito, vocês são umas merdas.
Obrigada pela atenção.


Luciana Pontes

domingo, 17 de janeiro de 2010

em Rainha do Mar

Aproveito meus poucos dias de férias numa praia bem legal, que conheci esse ano. Amanhã, retorno para Porto Alegre e retomo minha atividades artísticas: patinação, escrita, dança, pintura e o making off de alguns filmes. Vou falar com as minhas amigas sobre um novo clipe também, que espero que dê tão certo quanto o nosso Thriller.
Bom, é isso por enquanto.
Até.



Luciana Pontes

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Desastre da Margarina

História Verídica

- Fecharam as portas do carro?
Foi a primeira frase do meu pai após chegarmos à praia.
Coloquei o guarda-sol na mão direita, duas cadeiras na mão esquerda, óculos escuros e chinelos... O mar estava distante. Enquanto cada um carregava toneladas de equipamentos inúteis, meu pai gritava à caminho da areia:
- DOZE REAIS A LATA!!!
- Paaaaaaaaaaaaaai!!! - Gritei, horrorizada, ao ver que ele agora segurava a geladeira portátil de 25 litros nos ombros. - Pai, pelo amor de Deus, olha o mico!
Eu nunca fui uma adolescentezinha chata com meus pais, mas desta vez eles estavam passando dos limites:
- É A BEM, É A BEM GELADA POR DOZE REAAAAAAIS!
- Paaai! - Desta vez eu ri - Por favor, já não basta nós parecermos um bando de farofeiros na praia? Olha o que tem de coisa aqui!
Olhei para todos a minha volta.
Uma esteira, três bolsas, chapéus, bonés, cangas, três toalhas e mais uma cadeira grande além daquelas que eu segurava. Não havia como dar certo.
Por que a gente não para por aqui? - Minha mãe disse, apontando, com a cadeira que estava na mão dela, para mais perto do mar.
- É, aqui tá bom mesmo - Concordamos.
- Ahh, finalmente a praia, o mar, sol. - Louvei - Mãe, tu trouxe protetor sola... AAAAHH PAI O QUE TU FEZ?
- LÁ VAI A MARGARINA!!!! - Gritou meu pai, levando as mãos, agora livres, a cabeça.
O pior havia acontecido: A corda da enorme geladeira havia arrebentado, sua tampa abriu e fez rolar pela areia muito gelo, latas de cerveja, um Frukito quente e... um pote grande de Doriana.
- E o queijo vai atrás!
Todos os restos do acampamento jogados à beira-mar. Eu estava no meio de uma enorme tragédia. O potinho de frios deslizava pelo gelo ao lado da margarina.
As famílias normais, veraneando ao lado, riam da nossa desgraçada.
Neste momento a cena começou a passar em câmera lenta. Fiquei dividida entre ajudar o meu pai a juntar tudo ou voltar para o carro e ir embora. Não tive tempo de decidir. Avistei minha mãe à dez metros dali, caminhando rapidamente, com as toalhas tapando o rosto. Minha irmã a seguia:
- Mana, vem!
- Luciana, eu não conheço esse homem! - Mamãe negava seu próprio marido. Mesmo assim, eu fui.

Enquanto isso, na cena do crime, um rapaz do guarda-sol ao lado, risonho, comenta:
- Pô, e teu pessoal ainda te abandona!
- Ééé, nessas horas não tem 'papaizinho querido'! - Fala meu pai, enquanto vai ao nosso encontro.


Luciana Pontes

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Confusões novas

Eu não acreditava que podia novamente me sentir assim. Sabe, fazia tempo que eu não me preocupava tanto com alguém. Fazia tempo que eu não vasculhava um orkut à procura de respostas, de ilusões.
Não sei se é isso mesmo que eu sinto, também não é tão forte... Mas é bem convincente.
Seja lá o que for, está me matando. A distância está me matando... As frases incompletas, o medo de falar a verdade, toda a palhaçada no meio disso tudo. As mudanças de assunto, as mudanças de pessoa, outras moças e outros rapazes no meio de nós. Não sei se já posso usar o "nós". No momento estou só. Só eu, num sótão, nova morada do pc, com meu celular ao lado, esperando a ligação de outra pessoa.

Este mundo dá voltas demais.
Pelo menos o ano começou emocionante,
como bem eu queria.


Luciana Pontes

sábado, 2 de janeiro de 2010

Comemoração pelas 300 postagens

Dois mil e dez, apesar dos pesares, trouxe boas notícias: O Abra Sua Mente acaba de completar 300 posts publicados! Este blog tem um ano e, em breve, concluirá dois, e as 'festanças' já iniciam. Prometemos mais textos, mais poesias e mais histórias verídicas engraçadas. Sabemos que não é um grande e famoso blog, mas estamos contentes com o que já conseguimos! 2010 certamente trará muito mais postagens divertidas.

Agradeço aos leitores e quem acompanha o blog!


Luciana Pontes

Calamidade

Você deve ter tido um bom Reveillon: Com shows pirotécnicos lindos, com champagne francesa e com pulinhos de ondas; e todos nós sabemos que tudo isso valeu a pena.
Infelizmente, certa região do país não pode fazer a mesma coisa. Quem não está viajando mentalmente sabe que o Rio de Janeiro está passando por seríssimos problemas. Gostaria de falar de um fato, este em particular, que me deixou bem triste.
Acabei de saber de uma história chocante, que foi assim:
Na virada do ano, este homem ajoelhou-se na frente de sua namorada e, num gesto romântico e bonito, pediu-a em casamento. Ela aceitou com felicidade. Minutos depois uma avalanche de barro destrói a pousada em que estavam. A lama toda empurra o homem para o mar, e ele nada até a encosta mais próxima. Sua recém-pedida noiva está desaparecida.
Esta história é muito triste, tão triste quanto todas as outras perdas que essa enchente já precipitou. Espero saber de notícias boas e de como podemos ajudar este local.


Luciana Pontes