segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Uma carta de amor (filmes)

Uma carta de amor.

Quando uma certa ponte para terabítia me levar até um amor para recordar e com a sintonia do amor eu sentir um poder além da vida, irei acordar e ver que a vida é bela, e que as regras do jogo não mudam. Um belo dia darei um salto para a felicidade, encontrarei meu primeiro amor e será como Romeu e Julieta, numa casa de cera perdida além da eternidade. Quem me dera um dia ir a escola de rock e aprender o ABC do amor, com vogais tão fortes como a lua de cristal, e consoantes tão grandes quanto um Titanic. Voar com os outros que fugiram e o vento levou, ter um amor, sublime amor, tão leve quanto um toque de esperança, mandar uma mensagem para você, enquanto vôo lá no céu, bem alto, no meio de uma guerra nas estrelas. Quem me dera fazer uma viagem ao centro da Terra, já que o céu pode esperar, para ver-te lá de cima, como se fosse a primeira vez. Chegar até o fim dos tempos e, em algum lugar do passado, fazer o show de Truman, onde eu, você e todos nós possamos conhecer as regras de vida e o amor sem fim. Eu quero acreditar que nem todos dizem eu te amo, e tudo que eu sentir por ti haverá de ser um amor quase perfeito, afinal eu tenho meu sexto sentido e alguém como você pode sofrer uma paixão sem limites, e acabar entrando numa fria maior ainda. Por um sentido na vida eu gostaria apenas de dizer que nunca é tarde para amar e sentir o click de um amor louco. Há tantas mentes que brilham e tanta premonição no ar, tanto caminho sem volta e tanto encontro marcado, tanta atração fatal e vida de inseto (e quantas coisas que você pode dizer só de olhar para ela, a vida), e nunca mais outra vez dar um grito no escuro, assustando os pássaros. Ao observar a janela indiscreta com meu olhar de anjo, vejo um corpo que cai e pousa tão leve quanto uma pluma caminhando nas núvens, e quanto o meu amor maior que a vida. Desde já agradeço que o tempo não pára, para te dizer que minha vida não é mais a mesma depois de você. O amor pode dar certo.

PS: Eu te amo.


Luciana Pontes


quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Eu Já...

Esqueci nome de amigos, subi no telhado, dormi de calça jeans, fiz poemas, dancei até cansar, escrevi um livro, cantei no chuveiro, queimei meu olho, colei em provas, passei cola, escrevi peças de teatro, tomei algumas garrafas de Smirnoff Ice, tirei nota máxima no karaoke, fiz um quadro a canetas coloridas, patinei com o dedo quebrado (sem tala), traduzi músicas, me apaixonei duas vezes, corrigi os outros, fiquei até tarde no msn, tomei banho com a luz apagada, imitei cenas de filmes, ri dos outros, me emocionei em olimpíadas, dei risada em filme de terror, escrevi e joguei fora, me achei gorda, treinei até mal caminhar, quebrei dois dedos, criei três blogs, quis ser arqueóloga, tentei ser um gênio, viajei de avião, peguei nojo de pessoas, tentei esquecer, falei coisas sem pensar, decorei uma poesia, li mais de 60 livros, fiquei horas sem comer para emagrecer, estudei francês sozinha, enlouqueci de vez, tive medo de minha imagem no espelho, aprendi inglês sozinha, quebrei 4 espelhos, contei um segredo para que não devia, tive 3 diários, tive vontade de correr para longe, quis parar de patinar, mudei as pessoas, escrevi uma fanfic do Harry Potter, chorei vendo propagandas, tirei vários dez no boletim, esqueci o microfone do computador ligado, colecionei revistas, assaltei a geladeira de noite, chorei pela morte de personagens, escorreguei da escada 2 vezes, coloquei a banana no lixo ao invés da casca, quebrei dois dentes, saí do país, tentei gostar de alguém, chorei sem motivo, quis fazer uma auto-biografia aos 13 anos, morri de ciúmes, achei minhas glórias as maiores, tropecei parada, quis colocar silicone, tive namorado virtual, apresentei shows aos meus pais, acabei duas borrachas, errei o meu nome, coloquei roupas sujas no lixo ao invés de colocá-las no cesto de lavar roupas, me assustei com o nada, queimei uma formiga, pensei em me envolver na política, achei estar velha, saí de casa de pijama, amei, tomei leite azedo, fingi estar dormindo e já sonhei estar acordada.


Luciana Pontes

domingo, 5 de outubro de 2008

Certo Dia [3]

Eu não sei bem por que, mas se soubesse, não teria chorado ontem. Na realidade, estava tudo muito bem. Bem até demais.

Sobre a patinação, o treino de sexta havia sido ótimo. Currupios saindo muito bem, saltos de um pé novamente, limpeza em tudo e uma força dentro de mim (principalmente na hora do trevol) que me fazia respirar mais rápido do que ao normal. Sim, uma vontade enorme de fazer currupios... Há dias estou assim.
Na escola anda tudo ok. Às vezes eu canso de ouvir a aula, faço desenhos, batalha naval de homens, mas a maioria eu escuto.
Também tenho os ingressos comprados para o Disney on Ice e teatro High School Musical Brasil.

Se incomodar para quê? Não sei. Só sei que caí na choradeira no sábado. Tinha visita em casa, minhas primas, mas elas não ligam para minha loucura... Eu na verdade queria ficar parada. Não queria fazer nada de exagero, nem gritar, gargalhar, pular de alegria. Queria só eu e meu quarto, um livro e um cobertor. Conversar com a minha mãe, vejo ela cada dia menos. Enfim, um tempo de paz. Mas não podia: Tinha visita. Meu pai me xingou pela minha moleza e falta de respeito com as primas. Disse que eu teria outros dias para descansar. Ok, quando? Na terça-feira da semana que vem. E olhe lá.

Não poderia dizer que estou bem. Mas também não estou mal. Aliás, nem estou. Hoje tenho o teatro do HSM para assistir, espero que seja tão emocionante quanto eu imagino. Daqui há alguns minutos vou me arrumar e colocar uma das minhas felicidades do momento nos pés: meu All Star. Se tem uma coisa que deixa esse meu "certo dia" feliz é olhar para trás e ver ele paradinho me esperando para ser calçado. Sim, me tornei, então, materialista... Pelo menos até colocar o patins de novo.

Parei para pensar o que será que me atormenta. Saudades? Até achei que fosse. Mas de quem? Não, não... Dele não... Não pode ser. Mas então o que mais seria? Falta de romance? Falta de tempo para mim? É, é uma boa alternativa. Tenho todos os finais de semana de "agito": Num tem campeonato, noutro, festa, e noutro, mais festa. Espero que eu me divirta.
Já me sinto até melhor. Sim, eu estou cada dia mais louca. Achei que estivesse sã novamente, mas começo a pensar que nunca fui.

Amanhã tem treino de patinação, e durante a semana apresentação para todo o colégio uma peça de teatro encenada pelas minhas amigas e eu. É, vai ser show. Este Certo Dia está cada vez menos certo dia, e sim Dia Certo. Será? A felicidade que me responda, mas por enquanto, vou me arrumar. Até logo.


Luciana Pontes