segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Haja o que houver

Nunca na minha vida
Eu me senti assim
É como se não existisse céu
É maravilhoso
É tudo pra mim.

Todo dia eu amo, mais
e mais.
Ouça meu coração
Pode ouvi-lo cantar?
Diga-me, para amar.
O distino tem curvas
Um caminho, uma saída.
Mas eu te amo
até o fim
da
vida.

Haja o que houver
Aconteça o que acontecer
Eu amarei você
Até meu fim ver.

De repente o mundo parece ser um bom lugar
De repente este texto parece não ter fim.
De repente minha vida não pode mudar
E é tudo sua culpa.

E não há montanha tão alta,
ou rio tão profundo.
Ouça essa música
e me veja num segundo
Se tornando cada dia mais forte
E quebrando barreiras
Por que este é amor
que rompre fronteiras.

Haja o que houver
Aconteça o que acontecer
Eu te amarei
Até o dia de morrer.

Eu sempre irei te amar
Então o mundo será um bom lugar.

[Baseado na música "Come what may" versão do Moulin Rouge]


Luciana Pontes

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Loucura

Era uma vez um amor infinito.
Num belo dia sem graça, houve brigas e uma porta batida.
Foi-se o infinito.

Era uma vez uma linda velhinha.
Que pôs silicone nos lábios, seios, bochechas, fez plástica, empinou a bunda.
Foi-se a natureza.

Era uma vez um animal selvagem.
Que deixou uma pessoa lhe fazer carinho.
Foi-se a pessoa.

Era uma vez uma pessoa selvagem.
Que deixou um animal lhe fazer carinho.
Foi-se o animal.

Era uma vez uma floresta.
Era uma vez um fósforo.
Era uma vez a combustão.
Foi-se a camada de ozônio.

Era uma vez uma linda história de amor.
O casal morria no final.
Foi-se o final.

Era uma vez um dia sem criatividade.
E um blog sem cor
Era uma vez uma menina
Que morria de amor
Era uma vez um conto
Sem muito ardor.
Era uma vez aquela menina
Que fugia da dor.
Era uma vez um dia
Onde não havia terror
Era uma vez essa postagem
Que não tem sabor.
Era uma vez tudo que existe.
Era uma vez o nada.
Era uma vez uma pessoa louca.
Era uma vez tudo novamente.
Era uma vez, então apenas era uma vez,
Uma louca que às vezes era uma,
que às vezes era outra
mas que sempre era.
Uma, vez que era, louca, menina.
Tudo, uma que era vez, nada.
Loucura, que a saninade nada tinha vez.
Era ela, ora louca descabelada.
Vez que era uma vez, que não era mais nada.


Luciana Pontes

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Patinação Artística


Acabo de perceber que minha vida gira em torno da patinação. Tudo depende de como é o treino, o que eu fiz e não fiz, o que a certei e o que errei. Se tiver prova no dia seguinte, provavelmente só irei bem se o treino for bom. Meu dia se conclui conforme eu volto pra casa. Minha semana e meu mês são bons ou ruins como meu andamento na patinação. Enfim, minha felicidade depende do meu treinamento. Eu juro, nada me abate. Brigas, namoros, provas, e mais uma imensidão de coisas que acontecem numa vida "normal" não me abalam. Agora, o que eu errar no treino, sabendo que eu sei fazer, pode me destruir em segundos. Há uns anos atrás essa 'destruição' era bem mais cruel. Eu passava meses infeliz, chorava algumas vezes no treino, passava dias despercebidos... Hoje em dia já posso controlar esta explosão. Ao invés de me suicidar por causa de um salto, eu penso no que posso fazer para melhorá-lo. NO ENTANTO, comecei a criar a teoria que pensar também não é tudo. Este ano mesmo, ontem até, eu quebrava a cabeça desvendando o mistério dos saltos que passava a não acertar de um hora para outra... Era psicológico? Não. Eu juro também. Faz uns meses que resolvi mudar este negócio de me atrapalhar toda duas semanas antes dos brasileiros. Podemos ver minha mudança partindo do fato que eu não tenho errado nada* durante o treino. Ainda não descobri o motivo de errar as coisas só quando passo o solo com música. Um dia, quando o assunto não girar exclusivamente na patinação, eu conto aqui o que se passa na minha mente durante algumas situações da minha vidinha (seu eu puder colocar em palavras).
Hoje o treino foi na Adesbam, onde treino com as meninas do nível 1 durante uma hora. Quem lê pensa que uma hora é pouco, mas eu tenho certeza absoluta de que, se muito bem aproveitada, uma hora rende mais do que quatro horas de treino desleixado. Eu sei porque já passei vários meses treinando por treinar... Sem prestar atenção nas coisas... Mas isso faz tempo. Aliás, eu mudei completamente meu modo de viver (ou seja, de patinar) depois desse brasileiro em São Paulo. Até abril deste ano eu não treinava, eu achava que estava treinando. Eu achava que poderia ir bem treinando três vezes por semana, mal e porcamente, e às vezes apenas duas vezes por semana. Bem, quem tem um dom sobrenatural e consegue treinar estando na "lua" merece muitos prêmios. Pois, atire a primeira pedra quem não passou sequer um dia treinando e não se importando com o treino? Se a gente desse tudo de si sempre, garanto que o mundial estaria em nossas mãos. A gente precisa cair pra aprender. Eu, pelo menos, ouvi e lembro de todos os conselhos que já me passaram. Adiantou na teoria, mas na prática... É muito difícil a gente nascer já sabendo viver. Entenderam? [pausa porque eu acabei de chutar sem querer o computador e ele desligou tudo. Reiniciei-o] Concluindo, hoje voltei a minha felicidade e a minha vontade de aproveitar a vida. Escreveria muita mais, se não fosse a maldita dor no joelho que estou sentindo, mas não é nada... Amanhã passa. Ainda tenho muito para falar e escrever sobre a patinação. Este esporte me fascina. Estou só falando da minha parte, dos treinos, do convívio com o pessoal do Wirbel, das horas que a gente quer acertar muito as coisas, do momento que a gente acerta... Enfim, da melhor parte da patinação... A parte que iremos levar além do pódio, que iremos lembrar e amar para sempre.


Luciana Pontes

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Família

Assunto abordado e trabalho na matéria de Artes. Escrever um texto sobre isso. Lá vai:
Já cansamos de ouvir falar de famílias mal estruturadas, pais infantis e crianças maltratadas. Vamos olhar a família agora do ponto de vista da filha. Um olhar geral e clínico. Minha realidade não é tão cruel quanto as histórias dos filmes e jornais. Posso dizer que minha família é minha base.


Luciana Pontes

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Tudo passa

Todos nós sabemos que pelo menos um dia seremos felizes. Todos nós sabemos que alguém irá nos amar, nem que seja um amor fraterno. Se somos pessoas de bom caráter, de boa índole, de bom gosto, enfim, boas, não temos o que temer. Amores vão e amores vem, podem ser muitos ou poucos, mas um dia passam.Tudo passa. Se você quiser, você pode, você esquece, você vai à procura de outro alguém. Alguém que não passará. A maioria dos amores se apagam com o tempo, mas isso não quer dizer que são por completo esquecidos. A pessoa que você conheceu, viveu e aprendeu com ela, não há de ser esquecida. As pessoas marcam. Vida nenhuma passa por outra vida sem deixar seu rastro. As memórias, por mais esquecidas que sejam, não jogam fora momentos marcantes. Não há muito o que eu posso dizer hoje. Terminei meu namoro às 7:30 dessa manhã nublada e fria. Logo recebi um bilhete do meu ex-namorado afirmando que nunca mais iria ser tão feliz na vida quanto foi comigo. Ele tem quatorze anos. Se eu bem me lembro, passamos por épocas em nossa vida que achamos que estamos velhos, cansados e que nosso tempo está acabando. Pensamos que nunca mais seremos como fomos há uns anos atrás. Se foi feliz, nunca mais será, se foi amado, nunca mais será, se amou, nunca mais vai amar. Como eu disse ali em cima, tudo passa. O tempo principalmente. E embora eu seja contra deixar o tempo dominar a vida, nada com uns anos para ele ver que estava errado nessa parte. Com certeza absoluta ele será feliz, eu também, e qualquer outra pessoa que ainda irá se envolver em nossas vidas. Não quero falar sobre o fim do namoro. Está acabado, ponto final. O que eu quero dizer é que seremos felizes. Onde quer que estejamos, em qualquer situação que estivermos. A felicidade só depende de nós. Fazemos nossas escolhas e seguimos em frente. Se não deu certo, então não deu. Cada um por si tentando ser feliz da melhor maneira possível. Estamos todos numa eterna busca por amor. Esperamos um dia ser recompensados. E ainda vamos ser. Tudo vai dar certo, eu tenho certeza disso.


Luciana Pontes

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Auto-entrevista (2ª parte)

{Continuação da auto-entrevista, completamente tirada da Zero Hora dominical, caderno Donna}

Um hábito de não abre mão?
Me olhar no espelho.

Um hábito de que você quer se livrar?
Dormir tão tarde.

Qual dos sete pecados comete com mais frequência?
Acho que não cometo pecados com frequência. Por vezes sou preguiçosa, outras vezes sou gulosa. Depende da situação que estou vivenciando e do clima.

Se fosse Deus e só pudesse tomar uma decisão, qual seria?
Acho que eu acabaria com esse negócio de aumento do aquecimento global.

Se você soubesse que o mundo acabaria amanhã, para quem você ligaria?
Para um guri que sempre foi e sempre será importante na minha vida... Ligaria apenas para dar um tchau.

Qual é a sua maior qualidade?
Não faço idéia.

E o seu maior defeito?
Não conhecer minhas qualidades (?)

Quem você gostaria de ser, se não fosse você?
Nunca me imaginei sendo outra pessoa, mas se tivesse que mudar, então eu gostaria de ser algo de outro mundo... divino.

E onde gostaria de viver?
Nunca fui muito apegada a lugares, mas onde moro agora é bom e eu estou satisfeita.

Uma frase?
Viver seria uma grande aventura.

fim.


Luciana Pontes

domingo, 3 de agosto de 2008

Auto-entrevista (1ª parte)

Entrevista completamente baseada nas perguntas da Zero Hora dominical - Caderno Donna (contra-capa)

Qual é a primeira coisa que pensa ao acordar de manhã?
Eu só começo a pensar quando vou tomar café. Nunca é a mesma coisa todo dia.

Em que momento do dia é mais feliz?
Quando eu estou voltando de um treino onde acertei muitas coisas e foi bom.

Você tem medo de quê?
De que tudo que eu quero não dê certo e eu acabe com uma vida completamente diferente do que eu sempre quis e sonhei.

Por que motivo chorou a última vez?
Quando me vi numa silada com minha própria mente. Quando minhas idéias quase que se voltaram contra mim, me colocando na parede e mandando eu ajeitar de uma vez por todas a bagunça.

E por que motivo riu?
Eu sempre rio sozinha. Tenho lembranças do nada, de momentos engraçados, que me fazem rir no meio de uma briga, por exemplo.

Qual a sua idéia de um domingo perfeito?
Com uma temperatura agradável e um ginásio disponível para treino.

O que você faz para espantar a tristeza?
Durmo.

Que música não sai da sua cabeça?
A mais romântica que eu estiver gostando.

Um gosto inusitado?
Tudo com catchup. Misturar qualquer doce com qualquer salgado também.

{continua}


Luciana Pontes

sábado, 2 de agosto de 2008

Certo dia [2]

Hoje eu acordei mal. Me sentia pesada, parecia até estar doente. Tinha vontade de desaparecer... Aquela mesma sensação que você tinha lá pelos seus treze anos. Pensei que nunca mais teria. As coisas mais sem sentido me deixavam com vontade desistir de tudo. O melhor que podia fazer era dormir. E foi isso que eu fiz. Não sabia o motivo certo dessa minha desistência da vida. Talvez o fato de minha vontade de patinar estar prestes a explodir de tanta saudade, ou que logo voltarei às aulas e todo meu pensamento retornará a ser sobre física e geografia. O resto eu tiro de letra. Quem sabe seja isso. Durante as férias sobra tempo para refletir. Tenho pensado muito, não que eu realmente queira, me esforço para pensar em outras coisas, ou branquear minha imaginação. Não tem jeito. Antes de dormir eu penso, coisa que há muito tempo não fazia. O que fiz durante essas férias para ocupar minha mente? Li. Li três livros e me ocupo com mais dois ao mesmo tempo agora. De nada adiantou. Entre uma linha e outra, entre as páginas viradas, eu me perdia e refletia sobre o que já estava guardado. Coisas profundas e ao mesmo tempo claras, momentos sem explicação e contos inventados. Vai saber. Eu juro que tentei. Eu tentei esquecer, apagar, puxar minha atenção para outras coisas, mas as vinte e quatro horas de um dia são muito para quando não há o que fazer. E eu não tinha. Assim que minha vida voltar ao normal (se é que o normal não é agora), voltarei a deixar de lado coisas bobas. Bobas ou boas? Nem eu mesma posso dizer. Muitas pessoas passam por isso e têm vontade de gritar, espernear, quebrar tudo. Eu acho que não conseguiria fazer isso. Meu lamento é silencioso, assim como minha alegria. Isto faz de mim uma louca? Nem Freud explica. A imagem que eu trago no Orkut, muitas vezes não é de toda verdadeira, imagino que a maioria das pessoas sejam assim. Por trás de sorrisos e fotos alegres há sempre algo que nos atormenta. Pode ser que scraps e momentos de risos sejam normais e reais. Ninguém é triste nem feliz sempre. No entanto do que nos adianta saber da vida dos outros, se mal a nossa sabemos lidar? Sabemos o que acontece mundo a fora para ter algo que ocupe nossas cabeças? Antes o problema dos outros do que o nosso, nesse caso. Finalmente, me despeço, está no hora no café. Depois que dormi a tarde toda acordei melhor. Continuo por um fio, peço que não me incomodem hoje.

Luciana Pontes

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

À gosto

Agosto, o mês do desgosto,
ou seria o oposto,
à contragosto?
Este mês da discórdia
Mês da paródia
do que chamamos de vida.
Mês da despedida.
Tempo da Hora H
Dias onde não há
o que fique posto
à gosto, agosto.
Que virem meu rosto
Se eu não souber falar
Das estrelas a se apagar.
Maldito gosto,
mês da feiticeira
da flechada certeira,
do meu desgosto,
da minha ida
Saída pelo posto
Uma longa descida
à contraposto
do meu gosto
Sem gosto, nem agosto
Sem ré, nem rima
Sem magnetismo e imã
Sem um oposto.



Luciana Pontes
(01/08/2008)