quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A trilha do meu verão

E agora o pinhal não tem mais a gente lá...
Tive a oportunidade de rir, de chorar, de errar, de fazer alguém sentir-se melhor, de agradar alguém, de me mostrar prestativa, de gostar das pessoas, de realizar meu sonho de passar no vestibular, de me sentir extremamente feliz, de emagrecer, de dar uma engordadinha, de sentir saudades, de rever velhos amigos, fazer novos amigos, e ainda sim cultivar outros. Tive a oportunidade de sentir que eu realmente tive o melhor verão da minha vida até agora.
Depois de muitos dias indo dormir só depois das 5 horas da manhã, estou pesando em ir dormir agora, sem ter saído, sem ter dado uma banda no centro, sem ter isso do half, na bera, ou no hamburgão. Passei um tempão pensando em todo mundo, em coisas que uns sempre falam, nas arriadas, na confusão na hora de comprar bira, na parceria de todo mundo quando dá algum bolo, na noite no jp, na noite ali na minha casa, no centro,no carnaval, na bera, enfim...Foi um verão completamente diferente dos outros: Alguns eu conheci, outros eu conheci melhor, meu ciclo de amizades aumentou tanto quanto o nosso grupinho, que hoje é o bonde do madrugadão sem freio, conversei com pessoas que eu achei que nunca ia conversar, abracei, de verdade, outras que eu, antes, não considerava tanto assim...Sabe aquele sentimento que a gente sente quando sai do colégio e vai ficar longe de alguns amigos? É o mesmo. Quero muito ter a certeza de que verão que vem todos vão estar lá de novo, no pinhal, pra podermos fazer do verão de 2013 muito melhor do que o de 2012 e muito pior do que o de 2014! São pessoas diferentes, com objetivos diferentes, com personalidades diferentes, com idades diferentes, mas todos, ao mesmo tempo, importantes e ímpares, cada um na sua singularidade. Gente, desculpa aí qualquer coisa que eu fiz ou que eu falei, se fui antipática, ou qualquer  coisa que tenha acontecido e eu nem me liguei.
É muito difícil encontrar gente boa por aí, e tivemos muita sorte de termos juntado um grupo assim como o nosso. São mais de 30 pessoas que se entendem e que esperam se encontrar de novo no próximo verão. Não vamos deixar de marcar idas aos finais de semana pra pinhal e de arrastarmos eles pra porto alegre também!
Quero poder postar outro texto aqui em 2020 e escrever no final: ...E eu volto pra lembrar que a gente cresceu na beira do mar.

2012 é o meu ano. Beijos da Nathalie Lamour.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Identidades

Acordou, levantou-se da cama, calçou seus chinelos e dirigiu-se ao banheiro.

Agora em frente ao espelho, a imagem mostrava uma pessoa cansada da vida. Os olhos eram rodeados por olheiras profundas, a cor da pele se esvaía a cada dia, os cabelos branqueavam como o céu que nubla antes da ventania e a boca ressecava-se em busca de sossego. "A rotina mata qualquer um".

Lavou o rosto.

As mãos já demonstravam a passagem dos anos. O trabalho de policial, que há tempos servia de ganha pão, maltratava muito mais que recompensava. Entrar em vilas, em favelas, enfrentar bandidos de todos os níveis, ouvir o som de tiros... Ver colegas mortos tão facilmente... Ver colegas vendendo-se para os assassinos, apenas em busca de mais dinheiro, é como também vê-los morrer... Ouvir de crianças o grito e assistir ao desespero. Não é fácil.

Apoiou-se na pia.

"O espelho não reflete a profundidade das coisas. Já vi olhos mais castigados que os meus".

Ligou o chuveiro.

"Sabe, as roupas pesam também. No inverno a gente se enche de roupa e não consegue nem andar direito". E a água jorra. O fechar de olhos quando o rosto se enxarca não esconde as figuras do dia a dia: O corrupto, o morto, o herói, o jovem, o morto, o funcionário fantasma, os colegas mais queridos, a cara do bandido...

Iniciou-se mais um dia de vida de Leonora, a mulher, a policial, a filha do Brasil.




LUCIANA PONTES.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Um pedaço de mim...

A vida passa e a gente acaba aprendendo, mesmo que na marra, com as nossas experiências...
Todo mundo erra, e eu errei. Insisti em erros, arrumei novos erros, erros péssimos, e erros mais lights. Tiverem erros que eu só desisti de errar quando eu tive a certeza de que eram erros. Perdi meu tempo? Talvez eu tenha perdido, mas tenho a certeza de que aprendi com eles, e ainda penso que foi somente através deles que eu pude perceber a minha burrice e ignorância momentânea por ter insistido em algo que não era o melhor pra mim, ou até mesmo cogitado afetar a minha pessoa, e todas aquelas que me acompanham diariamente, com alguma atitude tirana, burra, mal pensada, mal educada da minha parte.
Com esses meus 18 verões, passei a analisar melhor os momentos bons e ruins. ‘’Saboreei’’ a cada um deles para não ter de deixar nada pra trás. Aprendi a querer tirar o lado bom de tudo o que eu passo. Passei a desacreditar um pouco no amor, nas pessoas, e também na vida. Mas logo isso volta, é só eu observar a minha família e ver que para eles tudo deu certo: Os casais se amam, acreditam um no outro e querem o bem de seus filhos. Espero encontrar alguém que me permita sentir bem assim, mas vou esperar sentada, pra não me cansar.
Pros que ainda são jovens, de espírito também conta, vale a pena aprender a dar valor às coisas mais simples, aos momentos mais singelos, àquelas palavras pequenas, mas que têm um valor incapaz de ser estipulado. Legal é ser feliz por não ter motivo de ser infeliz. Nada compra a paz interior, a consciência tranquila e a sintonia com Deus ou qualquer outro ser maior que você acredite. Nosso interior é nosso verdadeiro eu. Está tudo dentro de nossas cabeças: Todos os pensamentos, limites, sentimentos, duvidas, e todo o resto que nos preenche.
Aprender a fazer de cada momento algo bom, não deixar a vida passar, ajudar os outros, ficar feliz pelos outros, se doar: Isso é fazer da sua vida uma vida, e não uma simples passagem.
Eu não sou uma anciã, mas desde já reconheço que os meus melhores amigos têm laços sanguíneos comigo, com umas três exceções, quem sabe. No meu caso, funciona assim: Minha família: meus amigos. E os amigos que não são da minha família, eu os inclui na minha família. Por pior que você seja ou por pior que tenha feito, esses nunca vão te virar as costas ou te negar um colo, um amparo, um ombro. Não digo que não haverá sermões, xingões, e quem sabe até uma briguinha sem armas brancas, mas se no meio de uma decepção você precisar de ajuda, eles estarão sempre esperando por uma ligação, uma mensagem, um grito, ou até mesmo uma transmissão de pensamento.
Querer, do fundo do coração, o bem dos outros é fundamental. Não negar ajuda ao seu inimigo é derrotá-lo mais de cem mil vezes. O amor não é único! Existem vários amores, com várias intenções, e por várias pessoas. Amor é sentimento que não é pra ser unilateral, caso fosse, não seria amor.
Não faz muitos dias, não mesmo, que finalmente posso dizer, com toda a certeza e com todas as palavras, que entendi que ninguém vai me respeitar se eu não me respeitar, que ninguém vai me amar se eu não me amar. O segredo é sentir-se bem consigo: Se dê o valor, se ache linda! E se isso não for possível, não aos teus olhos, invista em você, arrume-se, penteie-se, mude, dance, ensaie frases no espelho, ria das idiotices que você falou e fez, faça uma academia, ganhe peso, perca peso, cuide do seu bem interior sempre, leia, estude, conheça os lugares que te interessam, realize seus sonhos, e o dos outros também. Sinta-se bem.
O tempo passa, e só o que é bom permanece. Não me venham com essa história de que o que é realmente seu nunca vai embora, só fica um pouco escondidinho, mas logo aparece. Pra que isso? Porque não lutar para ter um amigo perto? Para manter um relacionamento? Que ideia mais idiota, de gente preguiçosa que não quer ter o trabalho de lutar por algo que realmente importa. Lutar pelos ideais é fundamental. Viver o presente mais ainda. Estar feliz por estar vivo, por poder viver uma vida que foi lhe dada.  
Não viva como se fosse o ultimo dia, se você acha que o amanhã pode existir. Não é justo colocar a culpa que cabe a ti no fato de que não sabemos se amanhã estaremos vivos ou não. Precisamos viver bem, aproveitar bem, mas com consciência, com juízo e sabedoria.
No fim, não se arrependa de seus erros, não há tempo pra isso. Aprenda, ao invés disso.

Não sei bem porque estou escrevendo isso... Eu sei sim, sempre que eu faço alguma coisa errada eu me confino e me martirizo até eu achar que já me judiei, castiguei e chorei o suficiente para me sentir recuperada moralmente.

N.Netto

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Minhas metas

Da série: Perdendo peso, ganhando saude e um corpinho de elogios. #4

Depois de muito pensar mas medidas de um corpo perfeito pra mim, eu decidi:

Altura: 1,64
Peso: 65
Cintura: 70
Coxa: 63
Quadril: 98

Minha meta agora é atingir essas medidas, custe o que custar! Segunda Feira da semana que vem eu revelo minhas medidas vergonhosas para o mundo. 

N.Netto.