quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Mais um pouco de minhas complicações

Corre em mim diversos sentimentos: Num minuto eu me encorajo e ganho forças para vencer qualquer obstáculo, noutro eu descubro que os obstáculos são grandes e difíceis demais para passar, e no seguinte, eu descubro que qualquer coisa que eu queira está muito além do meu alcance. Hoje de tarde a angústia foi muito grande, mas agora já me sinto bem melhor. Eu ia escrever aqui o que ficou resolvido na minha mente, mas dessa vez não vou abri-la. Eu sinto muito, mas às vezes é melhor guardar para si mesmo as próprias descobertas. E além do mais, eu não sei como vou acordar amanhã, ou como será quando eu me levantar desta cadeira e ir comer alguma coisa. Nem sei como estarei me sentindo no próximo parágrafo. Eu escrevo, escrevo e escrevo, dizendo que estou feliz, triste, ou demais palavras que possam me caracterizar, mas no texto seguinte eu, a maioria das vezes, falo completamente o contrário e penso completamente diferente. Não que eu me importe muito com isso, mas é estranho. Não sei se eu sou estranha, ou se todo mundo é assim. Mas não estou afim de discutir minha normalidade ou anormalidade (embora eu ache que, no fundo, somos todos normais, porém cada um vê sua normalidade de um jeito). Bom, já estou me perdendo no assunto. Umas pessoas dizem que eu sou ingenuamente feliz demais, outras, que sou infantil e maduramente triste e o resto apenas não se importa comigo. Sinto que eu "pego" uma coisa inteira, divido-a em diversas partes para compreender cada segundo da sua existência, mas na hora de montá-lo novamente eu perco as partes ou as misturo. Situações que eram para ser simples eu complico, e as complicadas (por mais incrível que isso possa soar) eu simplifico. Enfim, não tenho mais vontade nenhuma de viver naqueles meus devaneios tentando descobrir a cura do cancêr ou como resolver o aquecimento global. Ando pensando em não me preocupar mais com as coisas. Só com o que está ao meu alcance. Entenda que eu criei esse blog para mim (e para Nathalie, óbvio) sem qualquer intuito de popularidade ou visualização maior do que a vontade de escrever e me libertar dos tormentos pensantes que me perseguem, mas chegamos em mil visitas. Certamente um terço dessas visitas são só minhas e de minha colega de blog, mas as outras tantas são de leitores ou curiosos. Sabe, eu acho isso muito bacana, independentemente do que a criatura que perde seu tempo aqui (sem ofensas) queira, é legal que tenhamos chegado a esse número de visualizações. Ficar sem escrever neste blog faz com o que há dentro de mim fique guardado, e isso não é bom... Daqui há alguns anos vou explodir. (Brincadeirinha!!! Eu acho...) Eu ia colocar aqui um monte de palavras bonitas para descrever como o que eu escrevo não é diretamente para vocês, mas eu já repeti isso milhares de vezes e acho que se a carapuça serve, a culpa não é minha. Meus enjoos tem diminuído e até tenho mais vontade de comer, mas não posso passar demais senão eles voltam. Só por via das dúvidas, vou deixar claro que eu não estou grávida.

Desculpem os erros do novo português (ainda não começaram as aulas para eu entedê-lo direitinho).



Luciana Pontes

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Minha paz

A gente costuma dizer que se surpreende com as pessoas dependendo de quanto elas mudaram ou pioraram, porém, nesses últimos dias, eu venho me surpreendendo comigo mesma. Tenho me sentido mais normal ultimamente, não me sinto mais deslocada no mundo, nem perdida. Não acho mais tantas diferenças, e se achar, elas não me intrigam tanto. Eu me divirto, me alegro, me decepciono e me entristeço, mas nada numa ordem correta. As coisas simplesmente vão e estão acontecendo, e o melhor de tudo é que finalmente eu permito que elas aconteçam. Eu parei de pensar no antes, no durante e no depois, eu simplesmente faço e me liberto. Claro, com bom senso. De repente as coisas não são mais tão difíceis e o céu é um bom limite. De repente dá pra sobreviver a tudo que se ouve e que se sente. Digamos que meu mundo não cai mais, e é por isso que eu ando me surpreendendo com meus próprios pensamentos e ações e, principalmente, emoções. Então eu descobri amigos que havia perdido e depois voltaram, amigos que apareceram do nada, amores que na verdade nem eram tão fortes assim. Talvez o fato de eu ter parado no tempo há, pelo menos, uns dois anos, impossibilitou minhas fronteiras de se expandirem. Eu sempre me preocupei demais com coisas que agora só me vem em mente quando o assunto é cult. Decidi ser mais decidida e me comprometi em fazer, não em pensar. Passei anos pensando e programando, e muitas vezes nada deu certo... Estou mais leve, perdi dois quilos, mas isso não vem ao caso. O fato é que agora eu não preciso planejar ou sonhar demais, eu sei que tenho que fazer, ou melhor, me mexer pra que algo aconteça e eu não perca meu tempo me lamentando depois.
Como disse acima, eu descobri diversas coisas sobre mim mesma que eu nem desconfiava, tamanho costume de viver com aquilo em mente. Tenho considerado bem mais as pessoas, tenho me apegado, e não me isolado, embora às vezes isso seja necessário para minha sobrevivência (humana). Me sinto cada vez mais com 16 anos, e isso só me alegra. Bom, é isso. Não quero dizer que minha vida é uma maravilha, mas agora eu posso vê-la com outros olhos. Passei por bastante coisa e não me abalei tanto quanto eu imaginava. Estou ótima, só com uns probleminhas básicos de enjoo, e por consequência, falta de apetite. Mas isso e muitas outras coisas passam (eu espero).



Luciana Pontes

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O Cara

Esta é a primeira postagem do ano de 2009, e eu não pretendo ser comum e escrever minhas promessas e tudo que eu desejo de bom para a humanidade. Eu larguei aquele meu jeito independente e agora entendo que eu não controlo nada além do esmalte das minhas unhas. Depois de errar muitas vezes, ler muitos livros, respirar um ar puro, eu finalmente entendi todas as minhas complicações e agora posso resolvê-las. Como eu já disse um quadrilhão de vezes, tentei tomar conta de mim e de meus pensamentos (até mesmo do inconsciente) no meio do ano de 2008. Em consequência a isso, só me ralei. Não que tudo tenha dado errado, óbvio que não, tenho que agradecer só por estar viva e saudável, assim como meus amigos e parentes. Bom, quem sabe, sabe, e quem acompanha o blog também sabe que eu me complico muitas vezes e acabo fazendo errado as coisas. O que eu quero dizer é que eu deixei de ser tão egocêntrica. Não sou eu que controlo tudo. E, vai parecer idiota, mas tem um cara que é bem mais legal que eu e Ele vai me ajudar. Depois que li "O código DaVinci" e "A Cabana" meu jeito de pensar mudou drásticamente. Para me entender melhor eu sugiro que leia-os, na respectiva ordem. Existe uma coisa além dessa merda em que vivemos (merda no bom sentido), e não é preciso morrer ou sofrer até quase a morte para sentir-se libertado. Eu não preciso virar uma crente, fazer uma macumba nem nada. Eu só preciso de uma paz interior. Sim, eu sei, tá parecendo ridículo, mas eu não tenho vergonha. Aliás, não tenho MAIS vergonha, eu acredito. Apenas acredito que tem um cara lá em cima. Não sigo mais a lógica de que aqui a gente vive e depois que morre nada mais há. Eu sei que não preciso mais complicar, porque a vida é bem mais fácil do que se imagina. Não há nem palavras para descrever o que tenho em minha mente agora, e não é nada parecido com o que eu pensava há um mês atrás. Acho que mudei. E dessa vez é pra melhor. Mesmo.


Luciana Pontes