terça-feira, 26 de maio de 2009

Falha

Ai que agonia que dá ficar olhando uma página que reflete nossas ideias em branco. Pois é quando a gente mais precisa daquela luz que ela demora para vir. Até vem, mas aos poucos, que é para nos torturar. Quando é por lazer, sem compromisso, a qualquer hora, a chama acende e ninguém nos segura. Preciso urgente de ideias, mas sinto que minha mente tá fritando de tanta preocupação... E dessa vez os motivos não são (tão) bestas. Tenho meus argumentos (falhos).

OPS: Surgiu uma ideia. Espero que termine bem hehhe.
Fui, vou elaborá-la.


Luciana Pontes

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Antes que o sol nasça III

 Texto fictício.

Andei por aí meio perdida, sem ponteiro no relógio, nem caminho na vida. Perdi todas as horas, e os minutos que vi já passaram, agora, passado, já se tornou meu canto. Pesados e malditos, meus dias de pecado e preguiça rolaram escada a baixo, comigo junto. Desci até o fundo e não me ergui, nem sequer quis, aceitei o meu fim. De baixo do fim do mundo, meu mundo, que seja, nem o ar me aceita, e me suga os pulmões. Mas então por que eu? Por sempre eu, e eu? Eu só penso em mim e eu só falo de mim e ninguém me ouve. Grito meu nome, como fosse Deus, mas ninguém nem sabe quem sou. Nem no buraco em que estou alguém fala comigo sobre mim. Me perdi e não deram falta.
E então quem gostava de mim? Não era verdade. Nem meu relógio me marcava as horas, nem meu pecado me satisfazia. Nem eu mesmo me aguentava mais, enfim. Por isso me deixei cair, como um saco de lixo qualquer. Restos mortais de mim mesma, numa sacola de plástico. Rasgada. Caí no chão e me pisaram. Juntaram como se fosse comida estragada. Eu, estragada, bem que desconfiava que acabaria assim. Meus bolsos, que já nem eram, romperam e caíram meus diamantes. Falsos. Ninguém ligou, eu suja, estragada, pedras semi-preciosas e um olhar caído. Eu era a sacola, ou os restos, ou meu próprio relógio, mas era alguma coisa que já não adiantava mais. Achei meus ponteiros no chão, ao meu lado. Marquei-me meia-noite, nem um dia, nem outro. Um meio do termo da vida, ou seja lá como se chama isso. Falei meu nome e ninguém escutou. Não vendi minhas semi-preciosas e desejei ter meus diamantes, e meus bolsos. Costurados. Rasguei meus restos de mim e me decompus, em mente, tanto faz. Nem doeu, a pele eu já nem sentia. Tão amarga a derrota, tão desagradável a queda, mentirosos meus ponteiros que marcaram um minuto do dia seguinte (já que nem existia mais dia). E todos que levantaram o olhar procurando por mim, descobriram que eu só havia sido um cisco no olho deles. Me tiraram.
Como já antes esperado, deixei-me apodrecer onde caí. Acabei sem diamantes, amantes, tempos e sacolas. Acabei como qualquer um que já tenha desistido.


Luciana Pontes

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Resumidamente, paixão

"Você nunca deixa de querer a pessoa que esteve apaixonado, só aprende a viver sem ela."

Li, não importa aonde, esta frase e me identifiquei com ela. O que ela diz é bem verdade: Dentro de nós ainda haverá uma fagulha de amor, saudade, sonho ou fraternidade sobre a pessoa antes querida. Não adiantará distância nem dor imensa. Se é paixão, é sonho extremo, enfim, eterno. Por mais que você admita não querer nem gostar mais do ex-amor, sua presença ainda é boa. Estar ao seu lado é bom. Como amigo, que seja, mas você nunca dispensará sua companhia. Ainda que sua entrada no msn, com a janelinha subindo, não lhe cause mais taquicardia, seu nickname será sempre curiosidade, seu oi será sempre respondido. Queremos enganar a quem? Negar para todo o sempre o amor reprimido? Envergonhar-se de nada ter dado certo? Às vezes os contos não têm fadas. Ou simplesmente as têm demais.

Enfim, em pouco tempo e sem menos esperar, outro cara aparece. Pode não ser tão eterno quanto antes, mas será breve e bom. Pode não ser tão forte quanto antes, mas será outro. Inevitavelmente, a paixão tornará-se amiga e o amor, verdadeiro. Antes uma vida leve do que uma guerra em busca de algo que nunca se terá. Ter amor nunca é fácil, então vivamos aqui o que nos surge a frente, como se também fosse inesquecível.

De uma mulher encantada, aos leitores e blogueiros.


Luciana Pontes

segunda-feira, 11 de maio de 2009

hora da sinceridade

Admitindo ou não, está na hora de falar de mim. E aqui não vou contar com quantos caras fiquei nem que viagens fiz. Vou me conter a contar o que eu me descobri, e o que meus amigos disseram de mim que achei verdadeiro.
Sendo tudo verdade ou não, falar de si nunca poderá ser concreto: Ou mudei, ou não sou isso ou aquilo, errei, acertei bem, quem poderá dizer? Numa soma de auto-descobrimento e conversas psicológicas, me liberto de vez do que me prende. Minha personalidade finalmente descrita sem rodeios, com todos os meus defeitos egocêntricos e minha esperteza generalizada. Em fim, eu:

Parte I
Algo recém descoberto.
Sempre fui chamada de exibida. Hoje, ainda que no meio de certo desgosto, minha amiga pode ter me dado a resposta. Ela diz que meu olhar é fechado, que meu rosto passa ar de desaprovação e crítica. Que eu, enquanto olho shows, apresentações, ou uma simples conversa em que o assunto principal não me inspire, "amarro" a cara e nada digo. Bem, certa ela ou não, tive que meio admitir e logo, contestar (minha única defesa naquele momento desgostoso). Eu disse que sentia muito, mas não era de ser fãzona louca que se rasga toda no meio de um show. Meu papel de espectadora se resumia a observar atentamente, gostar ou não, rir quando se deve, curtir quieta e aplaudir ao final. E, ao que se diz da conversação, eu respondi que aquele era meu rosto, e que eu não gostaria de passar imagem de "pouco me lixando". Meu papel, por sua vez, de receptora, era ouvir a conversa e dividir ideias, eu interessada por completo no assunto, ou não. Concluí meu pensamento abrindo meu eu como quase nunca, falei que não tinha nascido para ser a fã, e sim, quem faz o espetáculo. Pode isto ter soado o mais egocêntrico que eu nem posso imaginar, mas me abri.

Parte II
Eu em relação aos outros.
Nunca fui de ser coordenada, a não ser pelos que respeito (fato raro). Geralmente me dou bem com aqueles que serão amigos-seguidores, não contestarão a nível meu desempenho, sendo ele bom ou não. É vergonhoso, eu sei, e sinto ao escrever aqui. Tenho preferências àqueles que poderei ajudar e encaminhar do meu modo. É claro, existem casos a parte, amizades que ainda não entendi muito bem porquê deram certo e são duradouras, as admiro por isso. Meu pensamento à alguns amigos é bem simples: Nunca eles poderão me tocar 100% sem que eu utilize todo meu conhecimento para confundi-los. Inacreditável, mas é verdade. Para chegar realmente em mim, a ponto d'eu poder fazer perguntas sobre minha própria personalidade e receber a resposta de bom grado, não são necessários anos, mas uma atitude que me surpreenda e me fascine. Ao contrário de outros, amiguinhos ou meros colegas, que gosto, mas não chegam nunca a saber quem eu sou. Porém, quando em certas situações, amigos colocam minha identidade a prova, eu fujo. Confundo-os, com êxito ou não, e em fim, coloco-os próprios a se auto-contestarem. Sendo assim, por que eu só estaria errada, se podemos os dois errar ou o mundo todo? Luciana, nem sempre você está certa.

Parte III
Quando não é diretamente a mim.
Como já deve ter sido previsto, desculpar-me é uma real luta contra meu pensamento pseudo-superior. Quando machuco fisicamente, sem querer, um amigo, sinto minhas pernas tremerem. E não é exagero, realmente meu joelho se afrouxa e minha cabeça pesa. Tudo, menos contato físico agressivo. Quando nestes casos, me arrependo amargamente do ato anterior cometido, e peço perdão eterno, da maior verdade possível. Agora, quando a atitude não me fere dessa maneira tão forte, não apenas no caso de desculpas, mas de agradecimentos, ou quando não vem a mim de uma maneira tão cruel como vista, hesito ao desculpar-me. Penso, quais serão minhas consequências? Serei eu submissa ao pobre ferido? Onde este pode ter visto tamanha malvadeza da minha parte? Não sabe que eu não poderia ter sido tão cruel? Sendo eu ou não realmente maléfica (creio que nunca tenha sido, mas quem sou eu neste momento para me defender?), não me admito passar por mera "desculpadora". O mesmo acontece quando ganho presentes. Simplesmente não consigo agradecer sem que soe meio falso, por mais que eu tenha gostado. Sempre sucinto dúvidas tentando ser ao máximo sincera, nestes casos.

Neste momento pré-postador, hesito em realmente colocar na internet meus pontos fracos (ou fortes?). Ver-me escancarada, minhas cartas (marcadas) na mesa, me amedrontam. Alguém me julgará mal? Alguém usará algo contra mim?
Sou forte.
Chega de questionamentos. A verdade sempre tem hora marcada. E esta, é agora. Liberte-se e sinta a leveza de uma personalidade que agora pode melhorar.
Sem mais devaneios, posto.
Abra Sua Mente. Viva.


Luciana Pontes

sábado, 9 de maio de 2009

Pequena viagem no tempo


Eu gostei muito dessa foto. Tem um ar antiquado, e nada foi photoshopado. Eu e a Júlia, velha amiga, nos conhecemos no Jardim B e, ao fim do ano, cada uma foi para um colégio, mas continuamos nos falando até entrarmos juntas no grupo Bandeirante David Gusmão, onde passamos, durante uns 6 anos, todas as tardes de sábado e alguns acampamentos. Saímos, praticamente juntas, e ficamos um tempo sem contado diário. Logo, cursamos sétima e oitava série no Rainha do Brasil. Manhãs e manhãs de amizade. Eu continuei no Rainha, e ela mudou. Hoje nos falamos praticamente por msn e orkut, papos rápidos em função dos compromissos. Nos encontramos às vezes e colocamos as fofocas em dia. Tenho muitas coisas para contar para ela agora. Foto: Páscoa 2009; Local: Cotiporã (RS).

Mudando de assunto:
Tenho umas ideias para peças de teatro para escrever, tem que ser relacionado com namoro; Aceito sugestões. Para quem não sabe, eu faço aulas de teatro no meu colégio toda quinta de tarde.

Prefiro terminar por aqui.
Tchau, baby.


Luciana Pontes