domingo, 28 de dezembro de 2008

É bem mais fácil

No início do ano de 2008 eu prometi a mim mesma que seria um ano diferente. Seria melhor que 2007, com mais acontecimento e mais emoções. Agora que chegamos ao fim do ano, o que eu posso concluir? Que tudo sempre é a mesma merda. Sim, bem básico, simples, rápido: É sempre a mesma coisa. Este ano, eu não sei bem o que eu aprendi, mas cansei de dizer que eu aprendi com meus erros e que estou feliz, ou estou triste, ou com ciúmes, que se dane. Sabe, decidi parar de tentar controlar tudo e de achar que eu tenho o poder de me controlar. Não, eu não tenho nada a não ser uma cabeça dura e cheia demais. Cansei de refletir sobre a maneira psicológica com que um assassino de criancinhas age, comparando-o com um mero fofoqueiro. As coisas são bem mais simples, é todo mundo louco e todo mundo dizendo que o outro é que é louco. Cansei de me preocupar com o segredo do Priorado de Sião e com as mensagens deixadas nos textos de velhos e mortos escritores. Cansei de achar que tudo se resume a física quântica. É tudo só a mesma merda de sempre. Sabe, eu estou me sentindo muito bem agora, apesar do calor da minha dor nas costas, eu não tenho nada com o que reclamar. Vou ligar o ar condicinado. Continuando, cansei de pensar no futuro, não fazer certas coisas agora porque eu quero não sei o que no futuro. Ahh fala sério. Eu pensei em ser bem poética e dizer tudo isso que estou dizendo nas entrelinhas, mas desde o início do mês que tenho preferido ser mais direta. Quer saber, eu não sei o que será de mim em 2009, não prometo nada porque eu sei que tudo dará certo. É, tudo vai dar certo, eu sei. Essa minha certeza é bem clara: Se não der certo, já vai dar certo, apenas porque eu quis que desse certo. Não tente me entender. Eu só quero dizer que entra ano e sai ano, perdemos algumas coisas, umas pessoas, uns vícios, uns kilos, umas tarrachas de brinco, mas o resto continua igual. Ah eu nem sei mais o que estou dizendo. Me sinto uma surfista agora. Não quero preocupações alheias. Só quero a minha vida e deu. Quando eu estiver bem velha e gagá eu irei parar para pensar na origem do universo e como surgiu, no mesmo mundo, a Gisele Bunchen e o meu cachorro. Enquanto eu não fico gagá, eu vou é focar no que eu tenho pra fazer aqui na Terra e apenas fazer. É bem básico o que eu escolhi pra minha vida: Estudar e passar de ano para um dia também passar no vestibular e entrar numa faculdade, tanto privada quando estadual. Pronto, o resto que espere que eu fique velha. Quanto ao amor, amigos e outras coisinhas mais, isso a gente vai levando. Eu gosto de um cara, isso é legal, eu tenho bons e velhos e novos amigos, é legal também, estão tá tudo bem. É isso aí. Eu sou umas das pessoas mais complicadas que eu conheço, e enquanto eu penso na origem das células, um monte de gente passa voando por mim. Casei de dar uma de gênia, de intelectual, cult, engraçada, estranha, e seja lá o que mais eu já quis ser. Eu sou tã louca quanto vocês então nós podemos nos entender. A não ser que um de nós não queira. Mas daí já é outro assunto. Eu vou é pra praia, pegar sol, cuidar das minhas manchas na pele, ir em festa apenas quando eu tiver vontade, vou conversar, vou beijar quando eu estiver a fim, vou falar bastante besteira, vou jogar umas indiretas pro carinha que eu gosto, e quando eu estiver na minha cama, com a luz apagada, eu talvez pare para refletir sobre meu humilde dia. Vou ser bem eu sabe. Bem loucona. Quanto aos deveres, é aquilo que eu falei, tenho que focar, nessas horas que eu tenho que parar de pensar em bobagem e virar gente.

Bom, como eu não vou ser mais cult nem nada, talvez todos (esta enormidade de gente que lê o blog) percam o interesse em mim. Leiam o que a Nathalie escreve e me esqueçam. Sinto que agora sim eu estou abrindo minha mente. Talvez eu tenha jogado fora uma carreira de escritora, mas quando eu ficar mais velha (não tão velha), eu volte a escrever como adulto. Eu escrevia tristemente desde os meus dez anos. Agora só quero falar a verdade, o resto que se dane. Creio que abri minha mente de uma vez por todas.

Por Luciana Pontes

OBS: este texto não tem revisão nenhuma, o que estiver errado, que se dane, pelo menos eu entendo.

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