terça-feira, 22 de julho de 2008

Certo dia [1]

Férias de julho. Sim, o momento mais aguardado do meio do ano chegou, e com ele trouxe a Barra, praia, tempo livre e mais horas de sono!
Com tantas alegrias ao meio redor, o que me faria mudar de pensamento tantas vezes ao dia? Hoje foi um dia um tanto diferente. Começando pelo meu sonho, mais um maluco, onde eu morava numa casa enorme, estava dando uma festa e nela tinha gente da patinação, da aula, amigos, colegas de trabalho do meu pai, bandeirantes e números seis. De repente, pouco antes de acordar, eu estava sonhando que estava passando meu solo longo do Cats. Aliás, acertei tudo na hora. Acordei com uma vontade louca de colocar os patins, treinar e me matar (de tanto treino) e com uma confiança indestrutível. Bom, depois do almoço, comecei a ler um livro (o qual eu recomendo: O Continente, de Erico Veríssimo) e li até me sentir tonta. Cerca de cem páginas. Pulando o monte de elogios ao livro que eu havia aqui escrito, vou diretamente para a viagem de volta para casa, e chego exatamente onde queria chegar desde o iníco da postagem: o momento em que se olha para fora da janela e os milhões de pensamentos, antes guardados na mente, pulam para fora de suas jaulas de vontam à vida. Eu me sentia ótima. Com opiniões bem formadas e certa do que queria da vida. De repente, começou a tocar a música "Cedo ou tarde" do NX Zero. Cantei-a junto com toda minha família, lembrei-me de antigos amores e de meu grande amor já falescido. Sorri. "Cedo ou tarde a gente vai se encontar, tenho certeza, numa bem melhor. Sei que quando canto você pode me escutar". Pensei nele, porém não senti. Não senti nada além do frio nos meus pés. Vi-me isolada do amor e refletida no vidro no carro. Sozinha e segura, como se soubesse que eu podia fazer tudo dar certo. Sentimento que eu a pouco conheci, já que ano passado vivia em dúvidas e questionamentos. No entanto, vi que não vivia mais do que antes era o meu oxigênio: o amor. Deixei-o de lado e não morri. Aliás, me senti muita mais viva quando me desliguei um pouco do que me fazia viver. Apesar de estar tudo bem sem viver cem por cento amor, entristeci-me por tê-lo deixado. Entenda que ele, o amor, não é uma pessoa, é o próprio sentimento (no caso, de homem para mulher, sendo assim, o amor de eros).Trouxe-o de volta à tona. Houve em mim uma explosão de insegurança, algo que me deixou eufórica e com uma energia falsa. Não queria me sentir assim, havia fugido do meu corpo toda aquela "certeza na vida e fim de papo". Continuei sem saber muito bem o que queria até chegar em casa, tomar banho e entrar no msn. Sentei-me naquela cadeira milagrosa e giratória e susseguei. Agora a única coisa que me vem a mente é a nova-hiper-mega-superlegal novidade que eu tenho e o final desde post. Outros virão cheios de palavras alheias que tentarão, em vão, decifrar meus próprios pensamentos. Há psicólogo melhor para resolver meus problemas do que eu mesma? Há quem descreva o que eu sinto? Existe alguém no mundo como eu ou estou sozinha como sempre? Minhas intermináveis perguntas nunca terão resposta, a única coisa que terão é alguém questionando-as e me intrigando ainda mais. Será que minha curiosidade ainda me mata?


Luciana Pontes

Um comentário:

  1. Sempre vai haver quem nos questione sobre o que fazemos ou que queremos da vida.Não estamos sozinhos neste mundo, apesar de as vezes eu deseje estar sim,e hoje, particularmente, tem gente que diz: eu estou bem e você? - ah comigo tá tudo ótimo!!!
    e assim vai...
    Conclusão: Eu é que não entendo mais nada desta palhaçada!
    Te amo filha e adoro a tua sinceridade para com as coisas e para com o amor.
    Mami

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