domingo, 8 de janeiro de 2012

A Pedra Rara

De repente, quando a noite for clara,
E eu lhe acolher e ser gentil,
Eu serei outra vez pedra rara
- Mais que aquele céu azul anil

Pedra rara, enquanto eu:
Pularei mais alto e mais forte
O pranto, correrei até o teu
Hei de fugir da própria morte

Vivo, como o céu azul serei
Tão grande quanto o amor, maior!
Ao mundo, vasto mundo, hei
sempre dar de mim o melhor

Hoje, sou, como nunca, calma
Pois, esquecida, tenha dó!
Leve que nem rara minha alma
É a pedra que tomou vida só

Sem o meu fulgor, deixei o pranto
teu e nem correndo atrás fui!
Saiu de mim o raro tanto
de pedra que azul dilui!


LUCIANA PONTES (30/11/2008)

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